«É então que a ciência estimulada pelo vigor da sua poderosa ilusão se precipita irresistivelmente para os seus próprios limites, contra os quais se quebra o optmismo que se esconde na essência da lógica. É que o círculo da ciência acarreta para a sua circunferência uma infinidade de pontos e ainda que seja completamente impossível prever como é que todo o círculo poderia ser medido, o homem nobre e dotado intelectualmente, antes de chegar a meio da sua vida, encontra fatalmente estes pontos limites da circunferência onde fica abismado perante o inexplicável. Quando chegado a este ponto limite vê cheio de espanto, que a lógica se enrola nos seus próprios limites, tal como a serpente ao morder a sua própria cauda abre-se então a visão de uma nova forma de conhecimento, o conhecimento trágico, que não pode sequer suportar sem a protecção e o remédio da arte» Nietzsche, A Origem da Tragédia.
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