terça-feira, 22 de setembro de 2015

Nostalgia do Outono/Chopin



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Este poema acerca da nostalgia do Outono, depois de declamado pelo poeta, está gravado- copyright- dentro do vídeo, por meio de uma imagem delicada e ilustrativa desta estação do ano e floreado por telas célebres da pintura Mundial sob a sonoridade estrelar de Chopin...Desfrute da fusão deliciosa entre poesia, música e pintura, por ser um elevado exercício de exaltação para o espírito e de estética relaxante  para a harmonia dos sentidos...
Enjoy the harmony: poetry, music and picture, because it`s a very amazing relax. Many thanks.

 Yet the poem in portuguese language, for google translator if you want...

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Roda, roda, ó folha de Outono,
Que secaste sem saber...
Mas eu que te toco tão leve
Em que chá te poderia beber!
*
Canto ao vento que te leva
E ao toque que já não podes florir
E ao ver-te rodar assim serena
Como poderia não te esculpir!
*
Sigo ao teu lado pertinho
E ao vaguear no teu caminho
Sorrio-me a passear sozinho
E a sentir-te como idílio já esbecido...
*
Mas ao Baco que à vida sorri
E neste louco altar floresce...
Sob os véus do que festejo em ti
Venho dançar, ó folha de Outono,
*
Pois não quero estiolar como tu
Sem me embriagar neste poema
À nostalgia do que sinto por ti...
*
E ao vento que até na morte se ri
Que sopre até valer a pena...
Na roda em que tudo na vida flori!...

Véu de Maya

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Ah, vida!-nos teus véus efémeros


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Ah, poeta! quantos olhares e espelhos avistas tu?
Que nuns, entreabres pomares altivos de colheita plena,
Mas noutros, rasgas desertos sombrios e destilas-me nua,
Como a angústia da insónia que se enrola à noite inteira!
*
Ah vida! E em que alambiques te poderia decantar?
Se é nos teus eternos opostos que te sinto a florir e murchar,
Por vagas de dor e euforias, sob um mar de alquimias incertas,
Tal como, por entre as estrelas, erram constelações secretas!
*
Ah, poeta!, mas se sou véus-em desafios e sonhos, 
Que é como, nos teus versos, inocente, me arriscas!
Por que é que te jogas ainda, no desenho dos meus rostos,
Sem te cansares de olhar do deserto até aos pomares que avistas?
*
Ah, vida!, Mas se é nesses contra-partos eternos,
Onde te exploro pura, como silêncio de estrelas em poesia,
Que tu és arco e flecha de cumes e vazios tão secretos!

Qual é o poeta que não ousaria acolher-te no teu fogo?
Como ao mar alto, os navios, na sua intrepidez vadia!...

Véu de Maya