terça-feira, 11 de março de 2008

O efémero como presença criadora!

A virtude que transborda, isto é, não o desejo sempre insatisfeito e carente, incapaz de gozar e conservar nada do que conquista, com os olhos sempre cravados no prato do vizinho, incapaz de fazer frutificar, de saborear: esta é forma total de possuir algo sem conta nem medida; não isto, mas o poder do artista, do criador, do aventureiro, do amante, o poder que tudo transborda sem nada perder, o poder que está coeso consigo próprio, e que portanto desconhece o medo de se gastar e da insuficiência, a ambição e o cálculo: o poder é o que faz germinar, o que cria, o que conquista e que dá sem cessar e sem se diminuir..»Nietzsche, Vontade de Poder.

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