sábado, 31 de dezembro de 2011

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

domingo, 30 de outubro de 2011

sábado, 29 de outubro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

JOGO DE SOMBRAS



*
É a invisibilidade na vida dos seres
onde os véus da aparência a escondem na obscuridade
até o vigor do pensamento  a transformar em visibilidade;
*
a expansão e o limite de todo o existente
onde cada ser cresce e esmorece mas só a interdependência
domina com força igual à de uma marca consistente;
*
O trágico devir na contradição do ser
onde todo o vivo se afunda no vazio do não-ser
e no insondável enigma do que está ainda por acontecer;
*
o jogo das possibilidades infindáveis
no heróico combate frente ao empolgante Universo
onde tudo é igual à relação consigo e com o inverso;
*
o oráculo do futuro e as pontes para lá chegar
onde o jogo da possibildade cede à roda da realidade
e inverte a enorme contingência em férrea necessidade;
*
O pulsar no caminho invisível dos seres
onde transita a dor e a alegria dos mortais
que o véu da aparência esconde ao revelar os sinais;
*
a sensibilidade e a imaginação
que se fundem no coração da própria realidade
onde o invisível aspira também a ser visibilidade;
*
É visibilildade e invisibilidade
ponte entre a obscuridade e a claridade
até chegar a ser chave, morada e liberdade;
Os véus do Universo cifrado e os trajectos humanos
lá no fundo uma floresta de enganos
só vencida por destinos sobre-humanos;
O silêncio no pulsar íntimo dos seres
selado pelo véu da invisibilidade
até a filosofia o trazer à claridade!...

Véu de Maya

domingo, 23 de outubro de 2011

DESTINO



Sou do vento sou da lua
E no mar sou das marés.
Na vida...sou paixão pelos oásis
Silêncios altos pela colina
Onde voa livre a águia furtiva
Que à serpente da vida encanta
Como aos poetas sagrados
Que em versos inspirados
O destino sempre espanta
Com enigmas de parcas e anéis...
Tão perto dos altares velados
Como da embriaguês até aos pés!
As poesias que lanço à vida
São do destino promessas
Mas já que sou livre no voo
E elas são fogo em flechas
atiro-as para longe sem pressa...

Véu de Maya

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ILUSÃO SAGRADA



*
Dá-me o que é breve mas intenso
Porque só aí é que a vida dança à sorte
E o tempo é um carrossel imenso;
*
Dá-me o que é lento mas imenso
Porque só aí é que o silêncio sopra forte
E a vida é fogo preso em altar suspenso,
*
Dá-me o que é trágico mas sublime
Porque só aí é que o raio espreita livre
Mas a flecha o atravessa firme,
*
Dá-me o que é estrelar e absoluto,
Seja ele breve e intenso ou lento e imenso,
Porque é aí que a vida é risco em tudo...
Mas o amor é jogo puro e riso intenso.

Véu de Maya


terça-feira, 11 de outubro de 2011

CABRA-CEGA


*
Rodem ao vento a soprar
E às marés a exorbitar
E às gaivotas a voar
E aos navios altivos no mar!
*
Admirem o céu a estrelar
E os acasos da vida a rolar
E as crianças no jogo a brincar
Como na aurora da noite
A luz do dia ao despertar!
*
Rejubilem com o Universo a girar
E o tempo misterioso a passar
Como um leque de abrir e fechar
Num idílico toque primordial !
*
Espalhem ar puro ao plantar
E colham verdes ao respirar
E cantem ao azul do céu e do mar
E ao vermelho da paixão ao transbordar!
*
Mas gritem alto e em silêncio
Que o mal que existe no Mundo
E que é monstruoso e imenso...
Um dia se afundará sublime
Como um icebergue profundo!...
Véu de Maya

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

LONJURA



*
Não vou por ninguém:
Vou pela águia que voa,
E ao sonhar mais além,
Sou ainda o amor que sopra
E o declínio que vem...
*
Nem vou só por mim
Ou pelo voraz pensamento:
Qual menino na ilusão do momento!
A cheirar flores no jardim,
sem se lembrar do cinzento...
*
Só vou pela vida:
Que é um labirinto sem manto!
E pelos altares da embriaguês,
onde gozo os véus que levanto...
*
Só vou pela vida
Que é o meu mágico encanto!
E pelos voos altos em que a desafio
até a fechar no seu último suspiro...
E aí redimí-la de tudo o que é pranto.

Véu de Maya

terça-feira, 4 de outubro de 2011

ESPELHOS DO SER



*
Sou o tudo que sofre no nada
E o mar onde os navios
Se contagiam errantes
Nos clarins da partida e da chegada;
*
Sou o nada que se espelha no tudo
E a música onde o Universo
É uma máscara sublime
Em ornamentos de veludo;
*
Sou a passagem breve
Que se olha nos véus da madrugada
E o véu dos abismos que se deslumbra
na claridade da noite estrelada;
*
Sou o desejo livre que se derrama
na noite fechada
E o vento que se descarrega
nas núvens de uma ilusão adiada;
*
Sou o amor sublime que circula
na humanidade abismada
E a liberdade que combate
até transbordar numa morada sagrada;
*
Sou o véu do tudo e do nada,
Um peregrino absoluto na estrada,
Os dados de uma errância arriscada
Inocentes sobre o recinto da vida,
Lançados simplesmente e mais nada!...


Véu de Maya

sábado, 1 de outubro de 2011

FLAUTA DE PÃ II


*
Somos a aventura e o amor,
a alegria vital e a dor...
o tempo que se mima a ele próprio,
como néctar que transborda em copo;
*
Somos a fragrância mágica...
e o voo leve que nos encanta,
como flauta de pã sedutora mas trágica,
depois das vertigens que à vista levanta;
*
Somos o destino do mundo
em lances onde o caos alastra profundo,
até aos gritos de dor em que a vida se apranta,
como serpente cravada na garganta;
*
Somos o riso que nos encanta,
e o fardo pesado que já se levanta,
e a altivez leve que em espiral circula
secreta como a luz que a fecunda...
*
Somos vagas, navios, e portos,
núvens, faróis, e nunca prontos,
leveza de voos em rasgo de pássaros,
e até rios de pranto em vida de lázaros;
*
Somos o azar que nos envolve,
e a liberdade de emergir que nos acolhe,
mas também o grito que nos invade,
e a nostalgia que nos aflora à saudade...
*
Somos as máscaras do destino,
Véus do acaso em eterno desatino,
A vida! jogada em azar cifrado,
O desejo do mais no efémero plasmado,
E, por fim, o nada de bronze, no voo sagrado!...


Véu de Maya

domingo, 25 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ODE À LIBERDADE




Vou para Férias...Obrigado pelo vosso carinho...Guardo-o e levo-o no coração...
 Boas Postagens ou Boas Férias, se for o caso. Tenciono voltar em Setembro.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

sábado, 30 de julho de 2011

sexta-feira, 29 de julho de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

sábado, 23 de julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

domingo, 17 de julho de 2011

sábado, 16 de julho de 2011

quarta-feira, 13 de julho de 2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

quinta-feira, 30 de junho de 2011

FLAUTA DE PÃ II

FLAUTA DE PÃ_PICASSO *
Somos a aventura e o amor,
a alegria e a dor...
o tempo que se mima a ele próprio,
como néctar que transborda em copo;
*
Somos a fragrância mágica
e o voo leve que nos encanta
como flauta de pã sedutora mas trágica
depois das vertigens que à vista levanta; 
*
Somos o destino do mundo
em lances onde o caos alastra profundo,
até aos gritos de dor em que a vida se apranta,
como serpente cravada na garganta;
*
Somos o riso que nos espanta,
e o fardo pesado que já se levanta,
e a altivez leve que em espiral circula,
secreta como a luz que a fecunda...
*
Somos vagas, navios, e portos,
núvens, faróis, e nunca prontos,
leveza de voos em rasgo de pássaros,
e até rios de pranto em vida de lázaros;
*
Somos o azar que nos envolve,
e a liberdade de emergir que nos acolhe,
mas também o grito que nos invade,
e a nostalgia que nos aflora à saudade...
*
Somos as máscaras do destino,
 véus do acaso em eterno desatino,
A vida jogada em azar cifrado,
o desejo do mais no efémero plasmado...
E, por fim, o nada de bronze, no voo sagrado!...


Véu de Maya

terça-feira, 28 de junho de 2011

DE CRISTAL É O MEU SILÊNCIO

                      

CASA AO LUAR_EDVARD MUNCH
*
Quero este silêncio de fogo
Que me incendeie as palavras
E as puxe para as estrelas
Como a paixão às rosas vermelhas;
*
 Quero este silêncio intenso
Que me oxigene as palavras
E as enlace às plumas do tempo
Por rotas de liberdade sagradas;
*
 Quero este silêncio de espanto
Que ao reflectir pelas estrelas
Volte de encontro às vidas terrenas
Até as curar de serem  pequenas;
*
E ficar assim-leve-num voo profundo!
A lançar afagos aos abismos do mundo,
Em contradança com os anéis do destino, 
 Baile de máscaras sublimes que visto,
Até ser de cristal o silêncio em que habito...
Véu de Maya

domingo, 26 de junho de 2011

A DANÇA DA VIDA
















MAS QUE BELA ADVERTÊNCIA DE NIETZSCHE?

INTERIOR COM DUAS MENINAS A DESENHAR_PICASSO

*****
Um artista capaz, ou um sábio, dá uma boa impressão quando exprime a sua altivez na arte e olha a vida com satisfação e segurança. Contrariamente, nada de mais lamentável do que um cordeiro ou um mestre-escola, quando deixam transparecer, com ar doloroso, que nasceram para outros destinos. O óptimo é inimigo do bom, e bom é possuir uma capacidade qualquer e agir em consequência disso: ter uma virtude no sentido renascentista.
Actualmente, onde quer que o Estado tenha uma enorme pança aparecem, em todos os domínios e em todas as especialidades, além dos trabalhadores propriamente ditos, representantes do trabalho-nomeadamente da banda dos sábios e dos literatos. Do lado das classes populares sofredoras estão sempre os inúteis, os palradores e os fanfarrões, em representação de reais sofrimentos; isto sem falar dos políticos profissionais, que dispõem de todas as comodidades, mas que representam todas essas misérias no Parlamento à força de brados.
A nossa vida moderna é extremamente dispendiosa, em virtude da multidão de intermediários. Numa cidade antiga, pelo contrário-e ainda em certas vilas de Espanha ou de Itália-cada um se defendia a si próprio[por vezes a pontapé] e ninguém concedia o menor crédito a este género de representantes e defensores.

Friedrich Nietzsche, Vontade de Poder, Vol I, Res Editora.