segunda-feira, 28 de abril de 2008

Homeopatia do histórico com o não-histórico?

"Isto é uma lei universal: O vivente não pode tornar-se são, forte e fecundo senão nos limtes de um horizonte determinado.Se é incapaz de traçar à sua volta um horizonte, se se deixa pressionar por fins pessoais para enfeudar a sua perspectiva pessoal à de outrem, encaminha-se anafado ou febril para um rápido declínio. A serenidade, a boa consciência, a actividade jubilosa, a confiança no futuro-tudo Isto depende, num individuo como num povo, da existência de uma linha de demarcação que separa o que é claro, o que se pode abarcar com o olhar do que é obscuro e longínquo, depende também da faculdade de se esquecer no momento certo como também, quando é necessário, de recordar no momento exacto;depende do instinto vigoroso que se joga em saber quando é necessário sentir as coisas do ponto de vista histórico e quando é necessário sentí-las do ponto de vista não-histórico. Eis precisamente o princípio que o leitor é convidado a considerar; o ponto de vista histórico, tal como o ponto de vista não histórico são ambos necessários à saúde de um individuo, de um povo e de uma civilização. Nietzsche, Acerca da Utilidade e dos Inconvenientes da História para a vida.

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