Estenda o vídeo em écran inteiro-full screen...que o Ano Novo seja solidário na Paz e na Felicidade do Mundo...obrigado pelo carinho da presença...Beijos e abraços...Véu de Maya
sábado, 28 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
PAUSA DE NATAL_Festas Felizes com saúde e paz e amor.
*****
Ah, vida! Que véus encobres tu aos poetas?
Que se entranham em ti, como fogo em neblinas,
Mas não resistem, ao transitar pelos teus ocres vermelhos,
De sonhar ainda desvelar as tuas misteriosas entrelinhas!
*
Ah, poeta!-mas se deslizas em mim, como o luar em neblinas,
Por que haveria eu de te abrir o leque dos meus enigmas?
Se, no fundo dos teus enzimas, eu sou já o anel efémero dos teus véus,
Tal como o cometa errante por entre as estrelas dos céus;
*
Ah, vida!-esses véus que me ocultas- são as raízes do teu chão!
Que essas chamas, trago-as eu- incertas mas puras- no fundo do meu coração,
Como as que levas ao silêncio das fontes, no riso dos profetas;
*
Ah, poeta! se me encanta o teu monólogo, em frémitos de espelho?
E como poderia eu, sonho de tudo, esquivar-me ao teu fogo sereno,
Se é na embriaguez dos poetas que eu sou o arco das tuas flechas!...
Véu de Maya
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
ODE Á LIBERDADE
*****
É o amor à liberdade e o preço de a conquistar
Como os navios que se aventuram
Sulcando as ondas do mar;
*
O poder da autoridade e o apelo de a respeitar
Como o selo gravado na sabedoria elevada
Ao útil colectivo na presença do bem estar;
*
A frescura do novo e os caminhos por andar
Como abertura radiosa aos desafios do futuro
E às vozes dos oráculos por desvendar;
*
O viajante e a imensa floresta
felizes nos saltos do percurso-onde unidos-
se inebriam no transe da viagem e da descoberta;
*
O desejo da partida e a alegria do regressar
Como a viagem do navio que se aventura
Pelo alto mar até a novos portos chegar;
*
O vento do deserto e o oásis libertador
Como o entrelaçar da força entre guerreiros
Até selar num abraço a fusão da alegria à dor;
*
A semente fértil e a terra cultivada
Como a fusão amorosa entre ambas
até a vida se extasiar plasmada;
*
A actividade e o impulso do renascer
Como ascensão no movimento das coisas
Ao triunfo do que ainda não é mas pode ser;
*
É sonho e liberdade, cultura e humanidade
Deserto e vento libertador
Semente e terra cultivada;
Viagem e floresta desbravada
*
Porto de partida e de chegada...
E na aventura que é o caminho
O triunfo sobre o não-ser...
Que é pouco, mas é mais que nada!...
Véu de Maya
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
na boémia dos teus olhos
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Abra o vídeo em full screen-écram inteiro...obrigado pelo carinho da presença....Véu de Maya
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
erotismo mimado
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Abra o vídeo em full screen....obrigado pelo carinho da presença...Véu de Maya
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
festival dos sentidos
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Abra o vídeo em écram inteiro-full screen...obrigado pelo carinho da presença...Véu de Maya
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
entre o silêncio e a vida
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Abra o vídeo em écrain inteiro-full screen...Obrigado pela presença...Véu de Maya
domingo, 3 de novembro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
paixão sublime
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Abra o vídeo em écran inteiro[full screen]...obrigado pelo carinho da presença...Véu de Maya
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Amo a luz das estrelas
Que me faz lembrar as artérias vermelhas
E os corações puros por desvendar;
*
Amo o oceano profundo
Que me faz despertar nos rios de mim mesmo
As travessias sem fundo;
*
Amo a altitude das colinas
Que me faz desflorar arcos-íris
E abismos por trás das cortinas;
*
Amo a calma dos vales
Que me faz levitar nos ares
E nos voos tensos das aves;
*
Amo as vertigens do silêncio
Que nos abrem os oásis imensos
onde se poderiam plantar férteis pomares
Neste abissal deserto;
*
E amo ainda mais aquele coração profundo
Donde irradia toda a emoção do Mundo
E que tal como um eco é um amor sem fundo!...
*****
Amo a luz das estrelas
Que me faz lembrar as artérias vermelhas
E os corações puros por desvendar;
*
Amo o oceano profundo
Que me faz despertar nos rios de mim mesmo
As travessias sem fundo;
*
Amo a altitude das colinas
Que me faz desflorar arcos-íris
E abismos por trás das cortinas;
*
Amo a calma dos vales
Que me faz levitar nos ares
E nos voos tensos das aves;
*
Amo as vertigens do silêncio
Que nos abrem os oásis imensos
onde se poderiam plantar férteis pomares
Neste abissal deserto;
*
E amo ainda mais aquele coração profundo
Donde irradia toda a emoção do Mundo
E que tal como um eco é um amor sem fundo!...
Véu de Maya
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
floresta virgem
*****
É o fio de luz sobre a névoa
Onde a vida abre clareiras
Até o fogo voltar às lareiras;
*
É a vida em rodopio trágico
Onde tudo traz a alegria e a dor
Até chegar ao inevitável naufrágio;
*
É o mar e a ousadia dos navios
Na aventura de portos e amores
Até sonhar a liberdade em desafios;
*
É o destino do Universo
Na senda da força e da leveza
Que aflora em cada verso;
*
É a fonte do indizível
Clara mas cifrada nos altares
Dos arautos do intransponível;
*
É o voo sobre os cumes
Que paira sobre oblíquos espelhos
Em lances de enigmas vermelhos;
*
É a calma sobre os vales
A seguir aos trágicos olhares
Plantada em férteis pomares;
*
É arco, flecha e visão,
Instante cruel e aspiração...
Fio de luz no punhal da vertigem,
*
Olhar que tudo devolve à origem...
Lupa que desvenda fendas
E o destino que borda as rendas...
*
Até que no caos que tudo enlaça
Se toque à profunda inocência
Na obscuridade do tempo que passa!...
Véu de Maya
domingo, 20 de outubro de 2013
Se a tua alma é de linho
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A sua presença traz vida a este meu recanto de poesia....Desfrute bem e obrigado pelo carinho da visita...
Véu de Maya
A sua presença traz vida a este meu recanto de poesia....Desfrute bem e obrigado pelo carinho da visita...
Véu de Maya
sábado, 19 de outubro de 2013
Nas Brumas do Mar
*****
Entranha-te em mim, ó bruma do mar!
Toca-me pura como luar em sonata
E pássaro altivo nos anéis do destino
E teares de parca em fusos de linho...
*
No cheiro das dores, há tanto pranto...
E nas praias do amor o mesmo encanto
E até velhos enigmas que agora canto.
*
Sopra-me forte, ó bruma do mar!
Afaga-te no vento e roda comigo...
E leva-me em anel nos teus véus a bailar
Até ser a orgia das vagas em fios de linho!...
Véu de Maya
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
mulher-felina
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Na tua bruma sou Sol
E na tua ilha, brisa no atol...
*
Mas se te espreguiças na lua
E me atiras com volúpia a dançar!
*
Levo-te-felina-para o banho...
Só para me dizeres-pura e divina!...
*
Sou alma, sou corpo, sou tua,
Enrosca-te na minha aura...
Levanta a tua poesia nua
E traz à minha vida o seu sal.
Véu de Maya
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
lábios de silêncio
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Trago-te, ó silêncio, eco imenso,
Nos véus do meu olhar...
E no teu livro sublime do Mundo
Que hei-de eu viver-rir ou chorar?
*
Irei voar junto contigo,
Até ao seu último anel...
Serei em ti, águia velada,
E tu em mim serpente doirada;
*
Afagas em mim, o teu sonho liberto,
E eu em ti, pomares no incerto...
Por entre a colina e o deserto
Onde fica o altar mais profundo;
*
Voa longe de mim, mas voa alto...
Em baixo, não tenho longe nem perto.
*
Que Mundo nos pousarias nas mãos?
A não ser um abismo sem fundo...
Que este silêncio tange, entreaberto!...
Véu de Maya
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Chá das quatro estações
AS QUATRO ESTAÇÕES_ PAUL CÉZANNE
Na volúpia dos teus olhos
Levanto véus delicados...
Mas é no capricho dos meus sonhos
Que colho os teus véus levantados.
Véu de Maya
domingo, 29 de setembro de 2013
Ah, vida! inocente nos teus braços.
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Ah, poeta! esses teus rasgos na ousadia de mim
Que em pétalas de versos andam pelos meus altares de cetim
Que aromas espalham do meu coração, sendo barcos a navegar,
Longe dos faróis com que os ilumino, altiva, no meu mar?
Longe dos faróis com que os ilumino, altiva, no meu mar?
*
Ah, vida! estes meus lances são ventos de paixão e amor e laços,
Até onde me levas com alquimias incríveis por todos os lados,
Quando, ao entranhar-me no anel dos teus riscos e abraços,
Te tornas tão insondável e me entrelaças, inocente nos teus braços!
*
Ah, poeta! e porque te banhas em mim, nesse rasgo de bruma pura,
Que é de aventura criativa e solitária, mas sublime e dura?
Se nesses teus voos estou já eu, em véus de maya, enrolada a ti, tão perto,
Que não posso iludir-te mais nos enigmas do humano e do incerto!
*
Ah, vida!-mas, se és anel de todas as artes e liberdades,
E me envolves tão profunda nos teus laços,
Com o orgulho das superações e o desencanto dos fracassos,
Tal como num espelho de metáforas em utopias e vontades.
Tal como num espelho de metáforas em utopias e vontades.
*
Que mais poderia o poeta, ao rasgar-te em mim,
Senão sentir, para aquém da tua leveza efémera,
A tua fonte inefável, donde jorra um devir caótico, sem fim!...
Véu de Maya
ps-ligue a música do Francis Goya, enquanto escuta o poema, Obrigado pelo carinho da presença.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
domingo, 8 de setembro de 2013
segunda-feira, 29 de julho de 2013
ARCO E FLECHA...Pausa de Verão...Praia e Mar...
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É o desafio e a saída
Que a palavra arranca à escuridão
Até os trazer à luz do dia;
*
O círculo e o amor da criança
Que trazem ao ventre da mãe a grande dor...
E o grito cósmico da esperança;
*
O destino subtil e a cúmplice parceria
Que deambulam pelos caminhos do mundo
Antes de subir aos versos telúricos da poesia;
*
O desejo e a rebeldia
Que enchem a vida dos sonhadores
Com noites claras e frescos de ousadia;
*
A liberdade e o combate
Que deleitam os homens nas colinas do olhar
E nos entregam aos impulsos do amor e da arte;
*
A aventura do ser e o jogo das miragens
Que trazem a festa à terra e as ilusões à vida
Como às árvores o festejo das folhagens;
*
O projecto e as invenções
Que expraiando-se em aventuras livres
Se elevam ao cume das contemplações;
*
A eternidade e o êxtase do momento
Onde sonham as moradas do mundo
Como obras felizes e pérolas do pensamento;
*
É amor, paixão, desafio, alegria, dor e verdade
Névoa e claridade:
O fogo imortal da poesia...
*
Onde renasce contraditória e incerta
A vida, essa orgulhosa rainha...
Que é o sentido do ser
Por amor à sua própria verdade!...
Véu de Maya
sexta-feira, 19 de julho de 2013
SOLITUDE
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É o silêncio e a força do pensamento
Onde o eterno se reconcilia com o efémero
E o volatiliza no que nele é simplesmente etéreo;
*
A encruzilhada e os oraculares destinos
Onde o gesto criador se grava no eterno
Como os peregrinos se aprofundam nos seus caminhos;
*
A liberdade do ser e as correntes do não-ser
Onde a criação pura é flecha e pluma
Sobre o caos incerto e a sua bruma;
*
A fonte apetecível e a sua irradiação
Onde seja quem for que aí habite
Não pode deixar de pressentir o convite;
*
A querida entrada e a confortável estadia
Onde o cume da verdade, do sonho, e do mistério...
É amor donde nunca advém adultério;
*
A paragem e o sopro libertador
Onde ao instante vem a eternidade
E ao criador as metáforas da verdade;
*
O laço profundo e a sagrada comunhão
Onde o tempo que é usura e a eternidade que é sonho
Se fundem numa festiva e solene união;
*
É o silêncio e a força do pensamento
Onde o eterno e o efémero se entrelaçam a cada momento;
A criação pura flecha e pluma
Sobre o caos incerto e a sua bruma...
*
Fonte, irradiação e convite
Paragem e sopro libertador...
Onde o tempo é instante e eternidade?
E a passagem aspira a ser: Colina e Liberdade!...
Véu de Maya
domingo, 7 de julho de 2013
Ai,Vida-Ó Musa Minha!
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Aí vida!, porque te acenam com quimeras
Que já arderam em peregrinas febres
Mas nunca acenderam genuínas primaveras?
*
Ai vida!, e porque te suspendem
Na leveza do seu voo ou na pureza do luar
Se-na tua raiz-és pomar e desafios e azar?
*
Ai vida!, e porque se orgulham de ti
Mas-ao florear-te assim-te enviesam por atalhos
Sem te amar no profundo dos teus laços
Onde o Azar é anel cifrado que a tudo flori?
*
Aí? ó musa altiva!-olhas-me sedutora
E jogas-me, no teu espelho, uma troça de vergonha
Na tua pose felina de imperscrutável feiticeira!
*
Mas agora contigo! sou só laços puros...
A espelhar-me nos teus olhares seguros
Que são de risos e dores
Como espinhos em flores!
*
E fico assim-dentro de ti-
Como na embriaguez da paixão!
*
Até chegar a ser no teu mar
O rio de tudo o que sou...
E tu em mim as forças imensas que o vento levou...
A paixão real efémera do meu sonho
A incendiar-se, a cada lance, no eterno do teu fogo!...
Véu de Maya
domingo, 16 de junho de 2013
Ah, Vida!-Nos teus véus efémeros
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Ah, poeta!- Quantos olhares e espelhos avistas tu?
Que nuns entreabres pomares altivos de colheita plena,
Mas noutros rasgas desertos sombrios e destilas-me nua
Como a angústia da insónia que se enrola à noite inteira!
*
Ah vida!- E em que alambiques te poderia decantar?
Se é nos teus eternos opostos que te sinto a florir e murchar,
Por vagas de dor e euforias, sob um mar de alquimias incertas,
Tal como por entre as estrelas erram constelações secretas!
*
Ah, poeta!, Mas se sou véus em desafios e sonhos,
Que é como nos teus versos, inocente, me arriscas!
Por que é que te jogas ainda no desenho dos meus rostos
Sem te cansares de olhar do deserto até aos pomares que avistas;
*
Ah, vida!, Mas se é nesses contra-partos eternos
Onde te exploro pura como silêncio de estrelas em poesia...
Que tu és arco e flecha de cumes e vazios tão secretos:
Qual é o poeta que não ousaria acolher-te no teu fogo
Como ao mar alto os navios na sua intrepidez vadia!...
Véu de Maya
terça-feira, 11 de junho de 2013
POESIA DOS OLHOS
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Os teus olhos são tão lindos!
Lindos, como espelhos de Deus...
Que enquanto forem assim purinhos
Sonham reflectidos nos meus;
*
O teu olhar é tão brilhante!
Que nunca me canso de olhar...
Brilha nele um sonho distante
Tal como uma pérola no mar;
*
Quando orbitam enevoados
Teus olhos se eclipsam para dentro!
E é nesse singular momento
Que o Sol os toca apaixonados;
*
Teu olhar é um riacho da vida
Onde brinca a liberdade...
É como borboleta colorida
Onde se joga a felicidade!
*
Mas o que mais toca no fundo
Não é o brilho do teu olhar...
Mas o teu olhar profundo
Que é como os faróis no mar!...
Véu de Maya
segunda-feira, 3 de junho de 2013
AH VIDA! NA EMBRIAGUEZ DOS TEUS LAÇOS
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Ah, vida! porque giras tão forte nos meus versos?
Nesses trajes de fadista sedutora em tons diversos,
Até quando me esquivo em mim de arder nos teus laços,
Mas incapaz de resistir à embriaguez flagrante dos teus fados!
Mas incapaz de resistir à embriaguez flagrante dos teus fados!
*
Ah, poeta! e gostarias tu, que até antes das quimeras,
Com que te enfeitiço como frescura selvagem em viço de heras,
Te entregasse ao peso dos meus andares e desafios
Sem primeiro te afagar na leveza voraz dos meus suspiros?
*
Ah, vida!-mas que gozo o teu, no espelho de mim,
E como poderia eu escapar às tuas irrupções sem fim!
Antes de mergulhar nas tuas esculturas eternas,
Como cabem na força das máscaras personagens inteiras.
*
Ah, poeta!- Mas se sou alquimia de fogo nos teus versos,
Em metáfora pura do destino humano em desafios diversos,
É porque me levanta, ser no teu rio, a colina dos teus olhos
E tu, no meu mar, o barco altivo dos meus rostos!..
Em metáfora pura do destino humano em desafios diversos,
É porque me levanta, ser no teu rio, a colina dos teus olhos
E tu, no meu mar, o barco altivo dos meus rostos!..
Véu de Maya
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Ah, Vida! Por ti-Ponte Sagrada.
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Ah, poeta! quanta amplitude leio nos teus olhos,
Quando me desfolhas, pura, no teu jardim de sonhos
E te acolho, no eterno de mim, aos teus amores efémeros,
Tal como tu, ao celebrares-me forte, nas pétalas dos teus versos!
*
Ah, vida!-e porque me afagas com esse teu sorriso,
Que para ouvidos sensíveis é o teu mais terno suspiro?
Neste silêncio inefável de laços e máscaras e rostos,
Que para ouvidos sensíveis é o teu mais terno suspiro?
Neste silêncio inefável de laços e máscaras e rostos,
Onde te entrelaço, por escolhos e teatros, olhos nos olhos!
*
Ah, poeta! É que as clareiras que colho no teu olhar
São no meu espelho as tuas névoas expostas ao luar,
Como a paixão, que se verte em volúpia, nas sedas da madrugada!
*
Ah vida! mas que espelho o teu, entre sonhos e olhares!
Onde, intensos, reluzem os meus silêncios e os teus andares...
E qual é o poeta que não ousaria ser por ti-ponte sagrada?...
Onde, intensos, reluzem os meus silêncios e os teus andares...
E qual é o poeta que não ousaria ser por ti-ponte sagrada?...
Véu de Maya
terça-feira, 21 de maio de 2013
Ah, vida ! Que véus encobres tu?
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Ah, vida! Que véus encobres tu aos poetas?
Que se entranham em ti como fogo em neblinas,
Mas não resistem, ao transitar pelos teus ocres vermelhos,
De sonhar ainda desvelar as tuas misteriosas entrelinhas!
*
Ah, poeta!-mas se deslizas em mim, como o luar em neblinas,
Por que haveria eu de te abrir o leque dos meus enigmas?
Se, no fundo dos teus enzimas, eu sou já o anel efémero dos teus véus,
Tal como o cometa errante por entre as estrelas dos céus;
*
Ah, vida!-esses véus que me ocultas-são as raízes do teu chão!
Que essas chamas, trago-as eu-incertas mas puras-no fundo do meu coração,
Como as que levas ao silêncio das fontes, no riso dos profetas;
Ah, poeta! se me encanta o teu monólogo, em frémitos de espelho?
E como poderia eu, sonho de tudo, esquivar-me ao teu fogo sereno,
Se é na embriaguez dos poetas que eu sou o arco das tuas flechas!...
Véu de Maya
segunda-feira, 20 de maio de 2013
SONHO ACORDADO
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Quero beber na nascente
onde a liiberdade seja sagrada
e o amor seja uma prática corrente;
*
Quero conversar na colina
Quero conversar na colina
onde os véus sejam rasgados
e a música uma estrela sibilina;
*
Quero caminhar no presente
onde a aventura seja sagrada
e o mundo naturalmente inocente;
*
Quero escutar o silêncio
onde tudo seja eco sagrado
mesmo que Deus fique calado;
*
Quero passear pelo caos
onde tudo esteja desguarnecido
mas o Universo subsista protegido;
*
Quero vencer todos os abismos
onde os sinos toquem festivos
e a vertigem recupere os sentidos;
onde tudo seja apenas verdade
e os destinos houvessem de dar a mão...
*
Mas-ironicamente-tudo isto?
não passa de uma fantástica ilusão!...
*
Quero escutar o silêncio
onde tudo seja eco sagrado
mesmo que Deus fique calado;
*
Quero passear pelo caos
onde tudo esteja desguarnecido
mas o Universo subsista protegido;
*
Quero vencer todos os abismos
onde os sinos toquem festivos
e a vertigem recupere os sentidos;
*
Quero habitar nessa estrelar mansãoonde tudo seja apenas verdade
e os destinos houvessem de dar a mão...
*
Mas-ironicamente-tudo isto?
não passa de uma fantástica ilusão!...
Véu de Maya
quinta-feira, 16 de maio de 2013
SOL EM NEBLINAS
*****
Bebo nas nascentes puras...
Mas quem colhe as águas límpidas
Onde a vida é paixão de musas nuas
Com arcos de riso às parcas sombrias;
*
Desfloro as metáforas livres...
Mas quem colhe o perfume delas
Na beleza dos espelhos;
*
Habito nas colinas altas...
Mas quem escuta a leveza dos céus
E desvela o segredo dos véus
como o Sol clareia às neblinas;
*
Sonho nas moradas livres...
Mas quem arranca ao homem o escravo
E o cinzela livre na órbita do senhor
Com flechas acutilantes e firmes;
*
Mas ah, se rasgo o véu destas ilusões risonhas!
Onde desflorei a vida em metáforas puras
Como o Sol faz às neblinas obscuras
E o mar às pragas mal-fadonhas...
*
Caio no abismo de uma vertigem tristonha:
Onde o deserto cresce e o homem degenera
E os povos erram escravos e sem vergonha
E da liberdade simplesmente presos por um fio!...
Véu de Maya
domingo, 12 de maio de 2013
NA MADRUGADA SILENCIOSA
*****
Vida claras, quentes e sagradas
Das paixões ardentes na nascente
Como o Sol das praias vadias no poente
E a embriaguez louca das madrugadas;
*
Desfolho uma orquídea envergonhada
Atiro-a pró céu, qual ardente estrelinha!
Partilho com ela à sedução dançarina
E aos risos do prazer, brisa na madrugada...
*
Os jactos do prazer escorrem à flor da pele
Nossos beijos são doces como o mel
Enfeitiçou-nos o doce sabor às amoras;
*
Somos a vida e o navio e a ilha voluptuosa
E-ingenuamente-na madrugada silenciosa
Qual paixão! o encanto das nossas horas...
Véu de Maya
sexta-feira, 10 de maio de 2013
PÉROLAS EM OSTRA
*****
Não vou por ninguém
Sou lonjura na águia que voa...
E ao sonhar mais além...
Sou ainda o amor que sopra
E o declínio que vem;
*
Nem vou só por mim
Ou pelo voraz pensamento...
Qual menino na ilusão do momento!
A cheirar flores no jardim
Sem se lembrar do cinzento;
*
Só vou pela vida...
Que é um labirinto sem manto...
E pelos altares da embriaguez
Onde gozo os véus que levanto;
*
Só vou pela vida:
Que é o meu mágico encanto
E pelos voos altos em que a desafio
Até a fechar no seu último suspiro...
E aí, redimi-la de tudo o que é pranto!...
Véu de Maya
terça-feira, 7 de maio de 2013
ESPELHOS DE PAIXÃO
*****
Entre o castanho dos teus olhos
E o verde do meu olhar
Arde a volúpia em teus lábios
E a minha paixão por te beijar;
*
Quando te toco na alma
Todo o teu corpo estremece
Mas se calha de ser lua-cheia
Então é a tua paixão que me endoidece;
*
O teu espelho é uma especiaria erótica
Onde se expande a fantasia...
Já o meu é tão terreno
Que só no teu embarcaria;
*
Quando, em danças de volúpia erótica,
Me fazes crescer o erotismo na boca,
Tal como a noite aos fascínios da lua...
Arrebatas-me à vida na sua orgia pura
E eu a ti, levo-te à paixão que é ternura;
*
Se a vida fosse luar
Queria levitar dentro dela
E rodar no seu jacto de luz
Até ser Sol na tua janela!...
Véu de Maya
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