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Ah, poeta! quanta amplitude leio nos teus olhos,
Quando me desfolhas, pura, no teu jardim de sonhos
E te acolho, no eterno de mim, aos teus amores efémeros,
Tal como tu, ao celebrares-me forte, nas pétalas dos teus versos!
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Ah, vida!-e porque me afagas com esse teu sorriso,
Que para ouvidos sensíveis é o teu mais terno suspiro?
Neste silêncio inefável de laços e máscaras e rostos,
Que para ouvidos sensíveis é o teu mais terno suspiro?
Neste silêncio inefável de laços e máscaras e rostos,
Onde te entrelaço, por escolhos e teatros, olhos nos olhos!
*
Ah, poeta! É que as clareiras que colho no teu olhar
São no meu espelho as tuas névoas expostas ao luar,
Como a paixão, que se verte em volúpia, nas sedas da madrugada!
*
Ah vida! mas que espelho o teu, entre sonhos e olhares!
Onde, intensos, reluzem os meus silêncios e os teus andares...
E qual é o poeta que não ousaria ser por ti-ponte sagrada?...
Onde, intensos, reluzem os meus silêncios e os teus andares...
E qual é o poeta que não ousaria ser por ti-ponte sagrada?...
Véu de Maya
2 comentários:
Os rios passam
pela sombra das pontes
Poema, que flor más bella, cada verso un pétalo. Que hermosas son tus metáforas amigo mío, es un placer nadar en los ríos de tus letras.
Muitos beijinhos y bom fim de semana.
REM
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