NA MADRUGADA SILENCIOSA

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Vida claras, quentes e sagradas

Das paixões ardentes na nascente

Como o Sol das praias vadias no poente

E a embriaguez louca das madrugadas;

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Desfolho uma orquídea envergonhada

Atiro-a pró céu, qual ardente estrelinha!

Partilho com ela à sedução dançarina

E aos risos do prazer, brisa na madrugada...

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Os jactos do prazer escorrem à flor da pele

 Nossos beijos são doces como o mel

Enfeitiçou-nos o doce sabor às amoras;

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Somos a vida e o navio e a ilha voluptuosa

E-ingenuamente-na madrugada silenciosa

Qual paixão! o encanto das nossas horas...

Véu de Maya