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Não vou por ninguém
Sou lonjura na águia que voa...
E ao sonhar mais além...
Sou ainda o amor que sopra
E o declínio que vem;
*
Nem vou só por mim
Ou pelo voraz pensamento...
Qual menino na ilusão do momento!
A cheirar flores no jardim
Sem se lembrar do cinzento;
*
Só vou pela vida...
Que é um labirinto sem manto...
E pelos altares da embriaguez
Onde gozo os véus que levanto;
*
Só vou pela vida:
Que é o meu mágico encanto
E pelos voos altos em que a desafio
Até a fechar no seu último suspiro...
E aí, redimi-la de tudo o que é pranto!...
Véu de Maya
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