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Ah, vida errante!, como são genuínas e vermelhas
As metáforas puras que te atiro ao espelho...
Como que a desafiar-te nas parcas do destino
A iluminar este meu inocente desatino;
*
Porque não as pintas-sorris-me tu-estrelar-
Com o azul do céu ou a branquidão do luar?
Em vez de as carregares no vermelho da vertigem
Como estremecem os barcos às vagas do mar!
*
E como poderias tu?-nesse jogo felino-
Desfolhar-me os leques do destino!
Se em cada enigma meu
Cada uma das tuas metáforas
Não passa de um desatino teu...
*
Ah, vida pura! Instante doirado!
No espelho agora um sorriso duplicado:
O teu que é total e cifrado
E o meu colorido de paixão
Mas desta vertigem puramente aliviado!...
Véu de Maya
3 comentários:
oooohh gostei tanto de ver a música do meu pais =)
obrigada pelo honor =)
e o poema.. SUBLIME.. sempre*
beijos!
Poeta querido
Por vezes os espelhos são lugares intangíveis no fundo de nós...onde habitam palavras no fio da incerteza...na esmagadora solidão do tempo...um grito ecoando no silêncio dos muros.
Como sempre BELO
Beijinho com carinho
Sonhadora
Genuinas e vermelhas metáforas
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