sábado, 2 de junho de 2012

EM TRAJES DE CETIM


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Sou a alegria sem fim
E a tristeza sem fundo
Mas visto as dores do Mundo
Com trajes de cetim;
*
Trago-as dolorosas no peito
Como ecos de um grito imenso
Que o pintam em telas a preceito
As parcas sibilinas do Silêncio;
*
Giram em Universo profundo
À ilusão de um mar que é rio em mim
De sonhar que as dores do Mundo
Cheirem às flores do meu jardim;
*
E afago-me só neste toque profundo
De cheiro a pétalas em tons diversos
Voos de pássaro aflito que é dor em versos
Ao esvoaçar tenso pelas elegias do Mundo!...

Véu de Maya

1 comentário:

Manuel Veiga disse...

invejavel poema.

belissimos versos finais...

abraço