domingo, 13 de maio de 2012

DÓI-ME A ALMA


*****
Dói-me o gesto
que se enrola à lassidão
E já não vibra de ambição.
*
Dói-me a virtude
que se evapora em alma
Mas não oferece o amor que salva.
*
Dói-me a vida
 que se enlaça à saudade
Mas não é barco de liberdade.
*
Dói-me o mundo
 que confunde vertigem com voragem
E não projecta o futuro com grandeza e coragem.
*
E dói-me ainda mais a perversidade deliberada
Que sob os véus da verdade sagrada
Envenena à vida como uma hidra endiabrada...
*
Mas bendigo o Silêncio
 Onde ele é fonte de amor que salva...
E à Vida
Onde ela é paixão forte e barco de liberdade...
E ao Mundo...
 Até que no destino da vida?
Triunfe o amor...e se dilua esta dor
 Como no fado a saudade!...

Véu de Maya

4 comentários:

Vivian disse...

Bom dia,meu amigo!!!

Mas que belíssimo poema!!!!Dói-me a alma também, quando não vejo virtude, nem esperança,nem coragem...
Mas há o amor e ele SALVA!!!!
Nossa,me fez refletir tanto sua linda poesia!!!Obrigada!
*Fiquei ausente,meus filhos pegaram uma virose...primeiro minha filha, depois meu filho...por isso não postei nem visitei.Vida de mãe.
Beijos!Obrigada pela preocupação!

gota de vidro disse...

Ler-te...Ouvir-te...saber o que é poemar e abraçada a esse saber poder voar................

Sempre a beleza presente e sempre uma poema de envolvimento e sedução.

LINDOOOOOOOOOOOOO


Beijito da Gota

Mar Arável disse...

Poeta

por vezes o que arde
cura
Abraço amigo

Anónimo disse...

O gesto, a virtude e a vida que se perde no ar.Em vão... ou não.


Belíssimo, querido.

Beijinhos.