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Dói-me o gesto
que se enrola à lassidão
E já não vibra de ambição.
*
Dói-me a virtude
que se evapora em alma
Dói-me a virtude
que se evapora em alma
Mas não oferece o amor que salva.
*
Dói-me a vida
que se enlaça à saudade
Dói-me a vida
que se enlaça à saudade
Mas não é barco de liberdade.
*
Dói-me o mundo
que confunde vertigem com voragem
Dói-me o mundo
que confunde vertigem com voragem
E não projecta o futuro com grandeza e coragem.
*
E dói-me ainda mais a perversidade deliberada
E dói-me ainda mais a perversidade deliberada
Que sob os véus da verdade sagrada
Envenena à vida como uma hidra endiabrada...
*
Mas bendigo o Silêncio
Onde ele é fonte de amor que salva...
Onde ele é fonte de amor que salva...
E à Vida
Onde ela é paixão forte e barco de liberdade...
Onde ela é paixão forte e barco de liberdade...
E ao Mundo...
Até que no destino da vida?
Triunfe o amor...e se dilua esta dor
Como no fado a saudade!...
Até que no destino da vida?
Triunfe o amor...e se dilua esta dor
Como no fado a saudade!...
Véu de Maya
4 comentários:
Bom dia,meu amigo!!!
Mas que belíssimo poema!!!!Dói-me a alma também, quando não vejo virtude, nem esperança,nem coragem...
Mas há o amor e ele SALVA!!!!
Nossa,me fez refletir tanto sua linda poesia!!!Obrigada!
*Fiquei ausente,meus filhos pegaram uma virose...primeiro minha filha, depois meu filho...por isso não postei nem visitei.Vida de mãe.
Beijos!Obrigada pela preocupação!
Ler-te...Ouvir-te...saber o que é poemar e abraçada a esse saber poder voar................
Sempre a beleza presente e sempre uma poema de envolvimento e sedução.
LINDOOOOOOOOOOOOO
Beijito da Gota
Poeta
por vezes o que arde
cura
Abraço amigo
O gesto, a virtude e a vida que se perde no ar.Em vão... ou não.
Belíssimo, querido.
Beijinhos.
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