quarta-feira, 11 de abril de 2012

FLAUTA DE PÃ-actualizada.



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Somos o mar e a corrente
a plantação e a semente
o ar e a liberdade premente
o fogo do amor puro, inocente;
*
Somos o labirinto trágico
e a medida do conflito
onde balança no Universo
tudo o que é belo e perverso;
*
Somos o navio e os faróis
as vagas e a aventura
a lentidão do caracóis
e a leveza das gaivotas;
*
Somos os acordes e os ouvidos
a música e os gemidos,
o eco dos mundos perdidos
na noite abissal dos conflitos;
*
Somos a liberdade incarnada
a vida nos riscos do nada
a aventura que é vertigem
na colina e na mirada;
*
Somos o tudo e o nada
a vida no sim celebrada
e a afirmação renegada
da liberdade sagrada;
*
Somos o silêncio profundo
e a palavra metáfora sibilina
o paraíso dos sons...
E esta música abismada
na mais perfeita surdina!...

Véu de Maya







3 comentários:

Rembrandt disse...

Querido amigo ,
que hermosa entrada!!!!
No me canso de escuchar tu música unida a las bellas imágenes y ni que decir de tu poesía, siempre sublime.
" Somos o mar e a corrente
a plantação e a semente
o ar e a liberdade premente
o fogo do amor puro, inocente..."

Precioso!!!!

Muitos beijinhos y un gran placer visitar tu sitio maravilloso.
REM

Mar Arável disse...

Um conflito inevitável e doce

de marés

Manuel Veiga disse...

como diamante. cristalino...

assim tua poesia,

abraços