"Os artistas têm interesse em que se acredite nas intuições súbitas, nas repentinas inspirações: como se a ideia de obra de arte, poema, intuição central de uma filosofia, caísse do céu como um raio da graça divina. Na realidade a imaginação do bom artista ou do bom pensador produz constantemente o bom, o medíocre e o mau, mas o seu juízo, extremamente arguto e exercitado, rejeita, escolhe, combina; Podemos dar conta, pelos cadernos de Beethoven, que ele compôs pouco a pouco as suas magníficas melodias a partir de esboços múltiplos. O que discerne com menos severidade e se abandona voluntáriamente à memória reprodutiva poderá em certas condições tornar-se um grande improvisador: mas a improviação artística situa-se a um nível muito inferior em comparação com as ideias do arte escolhidas seriamente e de modo árduo. Todos os grandes artistas são trabalhadores infatigáveis, não apenas a inventar mas sobretudo a rejeitar, a passar pelo crivo, a modificar, a arranjar." Nietzsche, Da Alma dos Artistas e dos Escritores
2 comentários:
Grato pela visita e pelas palavras de incentivo.
Um abraço.
A rede bloguista também é importante para fazer circular as correntes positivas necessárias ao mundo para que não desça mais baixo do que já se afundou.
um abraço
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