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Ah, vida!, Como me olharias tu?
Se me desviasse em ti de ser eu próprio
E te desfigurasse por caminhos erráticos
Num turbilhão freneticamente ilusório!
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Ah, vida!, E como me espelharias tu?
Se-por amor a mim próprio-te rompesse na fonte
Sem chegar a alcançar o profundo das tuas vagas
Enrolando-me apenas na miragem
Ingénua das ilusões mais fracas!
Ingénua das ilusões mais fracas!
*
Ah, vida!, E como me festejarias tu?
Ah, vida!, E como me festejarias tu?
Se te tornasse secura em mim ou no meu contrário
A vaguear por atalhos neste recanto do mundo
Sem te superar num destino mais profundo!
*
Aí? Ó ninfa altiva! Que encontro apaixonado
Cheio de amor fremente neste espelho cifrado!
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Mas tu que és o nome próprio de todos os prantos
Cheio de amor fremente neste espelho cifrado!
*
Mas tu que és o nome próprio de todos os prantos
E a ponte efémera por onde se chega ao deleite dos céus...
Sorris-me serena e atiras-me outra vez sublime
Com novos enigmas por desvendar no espelho dos véus!...
Sorris-me serena e atiras-me outra vez sublime
Com novos enigmas por desvendar no espelho dos véus!...
Véu de Maya
1 comentário:
percorrendo todas as veredas...
e glorificando o amor. sempre...
abraço, Poeta
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