domingo, 24 de junho de 2012

NO ESPELHO DA VIDA




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Ah, vida!, Como me olharias tu?
Se me desviasse em ti de ser eu próprio
E te desfigurasse por caminhos erráticos
Num turbilhão freneticamente ilusório!
*
Ah, vida!, E como me espelharias tu?
Se-por amor a mim próprio-te rompesse na fonte
 Sem chegar a alcançar o profundo das tuas vagas
Enrolando-me apenas na miragem
 Ingénua das ilusões mais fracas!
*
Ah, vida!, E como me festejarias tu?
Se te tornasse secura em mim ou no meu contrário 
A vaguear por atalhos neste recanto do mundo
Sem te superar num destino mais profundo!
*
Aí? Ó ninfa altiva! Que encontro apaixonado
Cheio de amor fremente neste espelho cifrado!
 *
Mas tu que és o nome próprio de todos os prantos
E a ponte efémera por onde se chega ao deleite dos céus...
Sorris-me serena e atiras-me outra vez sublime
  Com novos enigmas por desvendar no espelho dos véus!...



Véu de Maya

1 comentário:

Manuel Veiga disse...

percorrendo todas as veredas...
e glorificando o amor. sempre...

abraço, Poeta