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É a manhã e a alvorada
Que arrancam o ser à inércia
Até nascer nele uma nova morada;
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A noite e as portas do labirinto
Que rasgam clareiras ao caos
Até brilhar nele o infinito;
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O meio-dia e o zénite solar
Que derramam energia sobre as taças
Dos amantes da vida e do criar;
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A meia-noite e os pressentimentos
Que festejam a vida aos sons da guitarra
Até tudo se afinar em explosão de sentimentos;
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A meia-noite e os pressentimentos
Que festejam a vida aos sons da guitarra
Até tudo se afinar em explosão de sentimentos;
*
A chaga infeliz e os desmazelos
Em que a vida a e a cultura se afundam
Até o homem quebrar os medos;
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A festa e a nascente primordial
Onde tudo se canta na música da vida
Como num barco ondulante em alto mar;
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O instante e a luz do pensamento
Onde o ser celebra sem arrependimento
O nascer e o morrer do próprio tempo;
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É expansão e Universo, verso e reverso
O ser escrito no perfume de um só verso
O símbolo da vida abundante
Mesmo a perdida e a errante;
Os amantes do ser e do pensar
Orgulhosos de ser um para o outro
Toda a alegria da incerteza
No jogo do seu próprio caminhar!...
Véu de Maya
2 comentários:
Um belo desafio é caminhar
em vagarosos instantes
Abraço
Poeta querido
O tempo é como o vento...leva as nuvens e deixa os sonhos que perduram para além do tempo...em imagens que acendem todas as lembranças...que guardam todos os silêncios onde gravámos todos os passos...Lindo como sempre ler-te.
Beijinho com carinho
Sonhadora
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