quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Boas Festas e Feliz Ano Novo-Pausa


*****
Ah, coração de poeta! como podes tu florir?
Entre os oásis da terra e os enigmas do céu
Sem te entranhares nos labirintos da vida
E os espelhares puros nas vozes do teu véu!
*
Ah, poeta! e quantos vapores de snobismo?
 A vaguear na terra por entre brumas e esperanças
E no céu por entre mistérios e fragrâncias
*
Rega-me antes com as cores da vida
Desde os tons da violeta até aos da orquídea vermelha
Pois é nesses cheiros que se distinguem os amores genuínos
E transitam os barcos no mar em seus altivos desafios
*
Ah, coração puro! mas que alquimia de cores!
Pintada em espelhos de risos e silêncios e sentidos
Tal como nos transes das paixões altivas
Ardem menos os vapores do que os amores
*
Ah, poeta! erro a vibrar nestes teu versos
Em que todo o coração puro se quer fundir
Até, no Universo, por paixão, a outros fazer florir!...

Véu de Maya

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Sagittarius


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Ai, as paixões dos poetas!
Não as amarra ninguém
São livres como as borboletas
Que são fellinas também
*
Transitam no mar e na terra
E ao luar ficam estreladas.
São Bacantes na Primavera,
Mas andam sempre extasiadas.
*
Só quem as entranha no corpo
E dança à sua loucura
É que as pode foguear na alma
E embriagar-se na sua frescura.
*
E eu que as desfloro a dançar
E vou à fonte vital das festas.
Sou como as borboletas no ar,
Trago a paixão virginal dos poetas!...

Véu de Maya

O meu abraço, com afecto, hoje-dia 13 de Dezembro-especialmente para as poetas sagitarianas-Rosa Maria e H. Spitali que hoje celebram o seu aniversário...Bem hajam pelo perfume e delicadeza que trazem ao Mundo. Homenagem e gratidão também às generosas e ilustres poetisas sagitarianas que já partiram.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Ah, poetas da vida!


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Ah, vida!, onde faltas tu aos poetas?
 Que te cantam intensa nos seus versos, 
Mas te fecham inteira numa redoma de ascetas.
 * 
Ah, poeta!-sorris-me tu-feiticeira.
 Afaga-te antes na minha longa cabeleira,
 E não te embriagues de mim, com livros de cabeceira! 
É que no meu espelho, há encantos e desafios.
 E na minha fonte, enigmas e prantos.
 E que estranhos poetas-esses!
 Que se repletam de mim com solitários suspiros? 
Aí, ó Musa minha, estendes-me a tua passagem vermelha, 
E arejas-me com os teus leques de feiticeira. 
Até me enrolares, intensa e inteira, na tua longa cabeleira.
 * 
É que: repousado nos meus livros de cabeceira, 
Tu-que és fellina e matreira?-Ganharias logo a dianteira!... 
 Véu de Maya

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Lírica Volúpia


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Véu de Maya

  1. O meu abraço de sempre,

sábado, 29 de novembro de 2014

Volta Inteira


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É a inocência e o acaso
Genéticos no devir do Universo
E selados num cósmico abraço.
*
O conflito e o trágico do Universo
Reflectidos no espelho da realidade
Como máscaras da sua caprichosa liberdade.
+
A força e a errância da pluralidade
Onde todo o equilíbrio é curto e instável
E toda a mediação se revela polaridade.
*
O juízo e a fonte da emoção
Onde o prazer do equilíbrio se rejubila
Na metáfora de uma breve ilusão.
*
O subtil do ser e a sua pluralidade
Na roda seminal do Universo
Onde tudo encobre o verso e o reverso.
*
A sageza do nobre e da vilania
No ponto em que se chocam os opostos
Como a liberdade e a tirania.
*
O sim pleno e a afirmação criadora
Onde a árvore gera o fruto
E o artista cria a obra.
*
É inocência e acaso, viagem e cósmico devir,
Onde tudo que chega volta a partir.
*
Rotação na flecha da instabilidade
O caos cifrado à racionalidade
E os simulacros ao espelho da verdade.
*
Celebração exaltante e comovente
Da liberdade contra a tirania.
E árvore que gera os frutos
No solo profundo e fértil da sabedoria.

Véu de Maya

Para abrir o vídeo em full, o que vos aconselho, para desfrute da fusão entre poesia/música/ pintura, queira ter a gentileza de passar para o Youtube, onde sem perder o acesso ao poema, o pode escutar e apreciar...Deixo-vos o meu abraço de sempre, com afecto.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Prece Existencial


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Não me dês o eterno
Dá-me antes o instante
Porque o eterno até vibrante
É um véu apenas etéreo.
*
Não me dês só o momento 
Dá-me também a viagem
Porque a ilha sem passagem
É como a vida sem o azul do tempo.
*
Não me dês só a passagem
Dá-me também a realidade
Porque a travessia sem verdade
É como o sonho onde só há miragem.
*
Não me dês só a passagem 
Dá-me também a travessia
Porque a verdade sem miragem 
É como o fado sem nostalgia.
*
Não me dês só a travessia
Dá-me também os idílios da cor
Porque a aventura sem amor ´
É como a flor sem fantasia.
*
Não me dês só o eterno
Nem me dês só o instante.
Não me dês só a passagem
Nem me dês só a travessia.
Não me dês só amor
Nem me dês só fantasia.
*
Dá-me tudo isto, com fervor,
Agora e sempre, seja onde for,
Mas antes de tudo isto,
Dá-me sonho, poesia e liberdade,
*
Porque sem esta claridade?
O Mundo seria só deserto ou miragem
No eterno ou na passagem.
*
E a dor e a alegria da vida
Não chegariam a ter verdade!...
Véu de Maya

Para abrir o vídeo em full, queira ter a gentileza de passar ao Youtube, onde poderá igualmente escutar e ler o poema...apreciando melhor a simbiose entre poesia/música/ pintura...Deixo-vos o meu abraço, com afecto

terça-feira, 18 de novembro de 2014

No auge da metáfora


*****
Nos teus sonhos cor de rosa
Floresce o meu pincel lilás.
Em telas de volúpia vermelhas.
*
Tatuadas no teu corpo, em noite de estrelas,
Sem a nostalgia de as deixar para trás.
*
Quando a magnólia se abre-livre,
E se relaxa-flor-pura e formosa à vida.
*
Cheira-me ao teu girassol a florir
No requinte da metáfora, em se abrir!..

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço, com afecto...Como esta página está assinalada como tendo conteúdos para adultos, se quiser abrir o video em full, é so passar ao Youtube...Aí também tem acesso ao poema.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Adão e Eva


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Somos a vida que sofre no nada
E o mar onde os navios se contagiam errantes
Nos clarins da partida e da chegada.
*
Somos o nada que se espelha no tudo
E a música onde o Universo
É uma máscara sublime, em ornamentos de veludo.
*
Somos a passagem-breve
Que se espelha nos sonhos da madrugada.
E o véu dos abismos 
Que se deslumbra na claridade da noite estrelada.
*
Somos o desejo-livre
Que se derrama na liberdade cercada.
E o vento que se descarrega 
Nas nuvens de uma ilusão adiada.
*
Somos o amor-incerto-
Que circula na humanidade fechada.
E a liberdade que combate 
Até transbordar em morada sagrada.
*
Somos os véus do tudo e do nada:
Peregrinos absolutos na estrada.
+
Os dados duma errância arriscada
Inocentes sobre o recinto da vida.
Lançados simplesmente, e mais nada!...

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço de sempre, com afecto. Para abrir o vídeo em full screen, queira passar ao Youtube--onde também pode ler o poema enquanto escuta a declamação.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Elevador do Amor


*****
É a arte de persuadir a aldeia global
Que os ventos da civilização são o mais nobre antídoto
Contra a cegueira da barbárie e a vulgarização do mal.
*
As fontes da felicidade comum
Onde os critérios superiores de ética vital
Se sobrepõem aos caprichos da felicidade individual.
*
A dor e a tristeza que invadem os povos
Quando a sua existência os condena à aflição
de faltar o sentido da vida para os novos.
*
A revolta e a triste indignação
Que atravessam os laços da civilização
Quando a barbárie triunfa sobre as luzes da razão.
*
A urgência de expandir em todo o cidadão
A cultura da saúde, da liberdade, e da acção
Como a melhor fortaleza de todo o Estado ou Nação;
*
A justiça do direito na raiz dos argumentos
Onde se combate o atropelo e a mentira e a falsidade
E se celebra o amor ao planeta em notáveis monumentos.
*
É a arte de persuadir a aldeia global
Que os ventos da civilização são o melhor antídoto
Contra a cegueira da barbárie e a estupidez do mal.
*
Combate do humano sobre a violência.
E os sopros do amor que marcam o mundo
Com a sua errante mas valiosa presença;
*
Cultura da saúde, da liberdade e da acção.
Notáveis guerreiros contra a decadência.
E na civilização, uma eterna emergência!...
Véu de Maya


Deixo-vos o meu abraço, com afecto. Tenha a gentileza de passar ao Youtube, para conseguir abrir o video em full screen-o que convém para desfrutar da simbiose: poesia/música/pintura.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Paixão sem Hora


*****
À tua paixão pelas cores vermelhas,
Dou-te o meu espelho de volúpias serenas.
*
Mas tu-irresistível-ao incendiar-te nelas,
Tal como o luar nos transes da sua ninfa pura,
Exorbitas nele e enfeitiças-me à vida,
Como papoila selvagem em encosta madura.
*
Quando à noite olho para as estrelas
E te sinto também a vibrar com elas,
Com jogos de paixão em volúpias de cinderela.
*
Dou-te o meu amor virginal
E depois, sem hora, a ceia à luz das velas!...

Véu de Maya

Para desfrutar do full screen queira passar ao YouTube...Não sei qual a razão porque não consigo abrir aqui o vídeo em full...Presumo que será por o Blogue estar assinalado como tendo conteúdos para adultos....mas acho que não custa nada clicar e passar ao Youtube....Deixo-vos o meu abraço de sempre, com afecto.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Afrodite


*****
Se sentes o meu silêncio
Não o feches na tua emoção
Deixa-o estrelar, ardente, dentro de mim.
*
Se escutas o meu silêncio
Não o gastes na tua dúvida
Deixa-o germinar, leve, dentro de ti.

Se ecoas o meu silêncio
Não o esgotes na tua canção
Deixa-o dançar, profundo, dentro de mim.
*
Mas se amas o meu silêncio
E o trazes no fundo de ti.
*
Não o deixes ficar só em mim
Nem o percas na obscuridade,
Porque é para ti que ele sorri!...

Véu de Maya


Tenho feito pouquíssimas visitas aos blogues amigos... Não me levem a mal...Mas sempre vos deixo o meu abraço, com afecto...Para abrir o vídeo em full screen, terá de passar ao YouTube...Obrigado pelo carinho da presença...E desfrutem bem...

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Ah, vida peregrina!





*****
Por que me seduzes, ó vida peregrina,
Com véus de feiticeira atrevida?
Se, quando te quero amar de verdade, 
Tu me atiras com volúpias mais de mentira!
*
Mas que retórica tola!-retratas-me tu-
Ao desvelar-me com o teu espanto...
No sorriso encantador de seduzir!
*
Como poderias-tão depressa assim-possuir-me?
Se eu sou a orgia pura no azar de quem arrisca.
*
E ao embalar-te com ilusões de verdade,
Sou a mais bela e arrojada peregrina
Nos lances sedutores da máscara e da mentira.
Ah, vida exuberante!- Aí? despertas-me de mim,
Ao banhar-me no teu caudal esfuseante
E girar pelos teus labirintos de dor e euforia
`*
Até ser em ti-puramente-só laços ardentes do coração,
E tu em mim, ilusões fortes e pomares de flores...
Ó vida pura, ó mais bela impostora, sem pudores,
Como és tão verdadeira, até nas ilusões e nos amores!...

Véu de Maya

Para abrir o vídeo em full screen, queira transitar ao YouTube...Deixo-vos o meu abraço, com afecto.

domingo, 19 de outubro de 2014

Poesia Existencial


***** 
Ai, os véus do destino! 
Não os desvela ninguém
 São Ulisses no seu caminho
 Que são Penélopes também.
 * 
Ondulam incertos na vida 
Como os navios no mar.
 Trinam guitarras a gemer
 E ouvem a musa a cantar! 
Só quem dança no silêncio
 E cheira as ninfas a arfar!
 É que pode cantar nos oásis
 Os tesouros ainda por plantar.


E eu que sou na máscara-o rosto 
E os sentires da humanidade. 
Como poderia caminhar sem véus 
 Nos bosques da claridade!...
 Véu de Maya

Para abrir o vídeo em full screen queira passar ao Youtube...Deixo o meu abraço, com o afecto de sempre.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Poesia de Volúpia


*****
És sedução na minha errância
E eu atracção na tua quimera.
Tu a minha embriaguez à espera
E eu a tua paixão à distância.
*
És o mar numa onda
E eu o navio por cima.
Tu a beleza da concha
E eu o beijo que te mima.
*
És a gaivota que voa
E eu a irradiação solar.
Tu a alvorada na proa
E eu o barco a navegar
*
És o porto longínquo
E eu o oásis por perto!
Tu o pomar em aberto
E eu a ingenuidade contigo.
*
És sedução na minha errância
E eu atracção na tua quimera!
Tu a minha paixão à espera
E eu o teu amor à distância!...

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço, com afecto.  Para abrir em full screen, queira passar ao YouTube...

domingo, 12 de outubro de 2014

Dói-me o barulho


*****
Dói-me o barulho
Que se precipita em alarido
Mas nunca é um barco seguro;
*
Dói-me o silêncio
Que se afaga na preguiça
E já não explora a sua força imensa;
*
Dói-me a incerteza 
Que se deita na convicção
E já não arrisca a renovação;
*
Dói-me a certeza
Que se arvora em veracidade
Mas fracassa nas provas da verdade;
*
E dói-me ainda mais a mentira deliberada
Que fecha os olhos à verdade
Como a tirania à liberdade
E a baixeza à dignidade
*
Mas bendigo ao silêncio
Onde ele é fonte de vida pura
E força de corrente imensa
*
E ao amor onde ele é risco imenso
Mas barco de liberdade
*
E ao Mundo até que na sua vida
Triunfe a verdade e se partilhe esta dor
Como na noite o luar!...

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço de sempre, com afecto. Para abrir o vídeo em full screen e desfrutar da simbiose poesia/música/ pintura...é só clicar e passar ao Youtube.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Ah, Vida!-Nos teus véus efémeros




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Ah, Poeta!- Quantos olhares e espelhos avistas tu?
Que nuns, entreabres pomares altivos de colheita plena,
Mas noutros, rasgas desertos sombrios e destilas-me nua,
Como a angústia da insónia que se enrola à noite inteira!
*
Ah Vida! E em que alambiques te poderia decantar?
Se é nos teus eternos opostos que te sinto a florir e murchar,
Por vagas de dor e euforias, sob um mar de alquimias incertas,
Tal como, por entre as estrelas erram constelações secretas!
*
Ah, Poeta!, Mas se sou véus em desafios e sonhos, 
Que é como nos teus versos, inocente, me arriscas!
Por que é que te jogas ainda no desenho dos meus rostos
Sem te cansares de olhar do deserto até aos pomares que avistas?
*
Ah, Vida!, Mas se é nesses contra-partos eternos,
Onde te exploro pura, como silêncio de estrelas em poesia,
Que tu és arco e flecha de cumes e vazios tão secretos!
*
Qual é o poeta que não ousaria acolher-te no teu fogo
Como ao mar alto, os navios, na sua intrepidez vadia!...

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço, com o afecto de sempre.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Por Barcos e Ondas


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Ah, Poeta!,- Que estrelas e sombras acolhes nos teus versos?
Afloras-me tu em silêncio, por ser eu a fonte de jogos tão diversos,
Em toques de espelhos, como nos teatros velados por máscaras,
Metáforas dos lances de mim própria no destino das tuas páginas!
*
Ah, Vida!,-Como chegaria eu a pressentir-te por luzes e sombras, 
Sem navegar no teu mar, como os barcos em loucas ondas?
E até no fogo das tuas raízes colher cravos encarnados e liberdades,
Tal como o luar enfeitiça a noite ao suavizar as obscuridades!
*
Ah, Poeta!,-Se te afago nas minhas libações e mistérios,
Com alquimias de prumo que arrancas das minhas fábulas,
É porque te sinto a florir, por mim, no auge das tuas metáforas?
Em voos rasgados ao coração dos meus encantos mais incertos...
*
Ah, Vida!, Mas se te sinto no alto, por metáforas de luzes e sombras,
Tal como os barcos no mar vão aos portos pelo desafio das ondas,
É porque te canto intensa, no devir eterno dos prantos e sonhos,
Até tu-ninfa plena-arderes aqui, como a poesia nos meus olhos!...

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço, com afecto. Para abrir o vídeo em full scren basta passar ao YouTube onde terá igualmente acesso ao poema.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Lindas Pérolas

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Baila comigo, ó musa das alturas,
como rios do azar nas marés puras
E as cordas de passagem nas vertigens do abismo
como os frémitos da paixão nas volúpias do amor!
*
Na tua inocência, enlaças-me à pureza
E nos teus riscos desafias-me à liberdade
como às provas da vida feiticeira da verdade.
*
Afaga-me forte, ó dança das alturas,
como sedas em corpos de ninfas sedutoras!
E tempera-me o olhar em doses puras
tal como ao céu-o mar-em orgias puras.
*
Até eu ser em ti só cristal de vozes puras
E tu em mim lindas pérolas sonhadoras
E o peso leve da inocência das alturas!...

Véu de Maya

Para abrir o vídeo em full screen-Queira ter a gentileza de passar ao YouTube-onde terá igualmente acesso ao poema...Deixo-vos o meu abraço com afecto.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Fogo em Neve



*****

Escuto em mim o fado do Mundo
E o Caos que floresce no Universo
Como enigmas deste véu profundo
E orquídeas em pétalas de verso.
*
Na roda do tempo são o meu enlace
E no ser do mundo o meu harpejo
E até o jogo da vida em brisa de beijo.
*
Entranha-te em mim até me levares
E ao cheiro intenso de insignes altares,
*
Mas até me desfolhares, destila-te leve.
E a cada instante, ainda que breve,
Enrola o teu fogo na minha neve!....

Véu de Maya


Para abrir o vídeo em full screen, queira transitar para o Youtube...Deixo-vos o meu abraço afectuoso.

sábado, 6 de setembro de 2014

Ode ao Sol Poente


*****
Ah, Sol poente!
Que floresces de repente
Num arco de variegadas cores
Qual ninfa de poesia pura
*
Na nostalgia ou na lua
Ou na espuma ou no azul do mar
Ou em fios de luz simplesmente! 
*
Ah, Sol poente!
Que seduzes ternamente
Como vermelho em azul do mar
Ou azul de mar em branco do luar
Quando a noite está para chegar!
*
Ah, Sol poente!
Como rodas os teus encantos
E os teus mistérios singulares
Noutras paragens estrelares
Que se embriagam com os teus feitiços
Como Tu ao enfeitiçar o mar!
*
Ah, Sol poente!
Encanta-me até a tua vertigem
Tão sedutora em toda a corrente
*
Mas é no teu beijo de eflúvios ao Mundo
Que toca a todos com um arco profundo,
Que sonha ainda variegadamente
Um fio de luz no jogo do Mundo!...

Véu de Maya


PS-Para abrir o vídeo em full screen, queira passar ao YouTube...Deixo-vos o meu abraço com afecto