domingo, 12 de outubro de 2014

Dói-me o barulho


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Dói-me o barulho
Que se precipita em alarido
Mas nunca é um barco seguro;
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Dói-me o silêncio
Que se afaga na preguiça
E já não explora a sua força imensa;
*
Dói-me a incerteza 
Que se deita na convicção
E já não arrisca a renovação;
*
Dói-me a certeza
Que se arvora em veracidade
Mas fracassa nas provas da verdade;
*
E dói-me ainda mais a mentira deliberada
Que fecha os olhos à verdade
Como a tirania à liberdade
E a baixeza à dignidade
*
Mas bendigo ao silêncio
Onde ele é fonte de vida pura
E força de corrente imensa
*
E ao amor onde ele é risco imenso
Mas barco de liberdade
*
E ao Mundo até que na sua vida
Triunfe a verdade e se partilhe esta dor
Como na noite o luar!...

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço de sempre, com afecto. Para abrir o vídeo em full screen e desfrutar da simbiose poesia/música/ pintura...é só clicar e passar ao Youtube.

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