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Dói-me a solidão
Que é refúgio forçado
Em vez de ser companhia sagrada;
*
Dói-me a vertigem
Que é atracção pelo abismo
Em vez de ser profundidade na origem;
*
Dói-me o silêncio
Que é refúgio solitário
Em vez de ser meditação doirada;
*
Dói-me a inquietação
Que é voragem acelerada
Em vez de ser plantação solidária;
*
E dói-me ainda mais a mediocridade insolente
Que sob os véus da elegância delicada
Destrói à vida como um veneno corroente:
*
Mas bendigo ao silêncio
Onde ele é altar de meditação doirada;
*
E à vida, onde ela é inquietação sublime
e plantação solidária!
*
E ao Mundo até que no seu coração
Floresça o amor...
*
E se dilua a dor-companheira da alegria-
Como a aurora...da madrugada!...
Véu de Maya
6 comentários:
Dói-me este poema de tão belo! Comprendes a dualidade?
Beijinho, amigo!
Doi-me o seu sofrimento.
Deixo-lhe uma pétala, como um alento.
Ah, Sandra! Entendo muito bem.
Ah, Hannaé Pais! Não se trata de um estado de alma, mas de um laço profundo à vida e ao Universo. A dor e a alegria são coisa menor...para o poeta. Obrigado a ambas pelo carinho da visita. bjnhos.
Por vezes sós
mas nunca isolados
Querido amigo, aunque duela el Poeta nunca debe callar es su voz la que se levanta entre tanta mediocridad e ilumina la vida de tantos.
Hermosos versos querido amigo, enorme placer leerte además de reflexionar sobre algunas cosas.
Beijinhos y bom fim de semana.
REM
solidões... solidárias!
belíssimo poema, amigo.
abraço
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