*****
Dói-me o barulho
Que se precipita em alarido
Mas nunca é um barco seguro;
Que se precipita em alarido
Mas nunca é um barco seguro;
*
Dói-me o silêncio
Que se afaga na preguiça
E já não explora a sua força imensa;
*
Dói-me a incerteza
Que se deita na convicção
E já não arrisca a renovação;
*
Dói-me a certeza
Que se arvora em veracidade
Mas fracassa nas provas da verdade;
*
E dói-me ainda mais a mentira deliberada
Que fecha os olhos à verdade
Como a tirania à liberdade
E a baixeza à dignidade...
*
Mas bendigo ao silêncio
Onde ele é fonte de vida pura
E força de corrente imensa...
*
E ao amor onde ele é risco imenso
Mas barco de liberdade...
*
E ao Mundo até que na sua vida
Triunfe a verdade e se partilhe esta dor
Como na noite o luar...
Véu de Maya
3 comentários:
o silêncio que nos leva à musica. pelas letras deste poema musical
Meu querido Poeta
Por vezes até nos doi existir, quando tanta coisa não está no devido lugar.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
e assim fala o poeta. investido das dores da Humanidade...
belíssimo.
forte abraço
Enviar um comentário