sábado, 27 de outubro de 2012

NO NARIZ DAS COISAS



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É o anel da inocência e o acaso
genéticos no devir do Universo
e selados num cósmico abraço;
*
o conflito e o trágico do Universo
reflectidos no espelho da realidade
como máscaras da sua caprichosa liberdade;
*
a força e a errãncia da pluralidade
onde todo o equilíbrio é curto e instável
e toda a mediação se revela polaridade
*
o juízo e a fonte da emoção
onde o prazer do equilíbrio se rejubila
na metáfora de uma breve ilusão;
*
o subtil do ser e a sua pluralidade
na roda seminal do Universo
onde tudo encobre o verso e o reverso;
*
a lucidez do nobre e da vilania
no ponto em que se chocam os opostos
como a liberdade e a tirania;
*
o sim pleno e a afirmação criadora
onde a árvore gera o fruto
e o artista cria a obra;
*
É inocência e acaso, viagem e cósmico devir
onde tudo o que chega volta a partir...
Rotação na flecha da instabilidade
o caos cifrado à racionalidade 
e os simulacros ao espelho da verdade...
Celebração exaltante e comovente 
da liberdade contra a tirania...
E árvore que gera os frutos
 no solo profundo e fértil...da poesia...

Véu de Maya

1 comentário:

Mar Arável disse...

No ciclo das marés

o equilíbrio da assimetria