sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

JANELAS À NOITE

JANELAS À NOITE_E.HOPPER
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Quero florir no caos do silêncio,
Fazer dele um cristal imenso,
E trazê-lo puro nas dobras do véu,
*
Sei lá se tantos gritos que oiço
são núvens passageiras no céu
ou cruzadas de violência sem fim.
*
Mas sinto que ao clareá-lo assim,
a velha vertigem da angústia,
que fora mais suspiro que jardim,
é agora àguia a voar no céu,
e não o brilho ingénuo do véu.
*
É caos que se fundiu em cristal,
e não bela-alma que já reluziu,
É fogo que cheira à dor da nascente,
E até à alegria do silêncio que a floriu...

Véu de Maya

3 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia.
Desculpe a minha ausência mas estou trabalhando muito,portanto tenho só os fds para responder aos amigos.
Gostei do seu poema,misterioso e ao mesmo tempo envolvente.
Parabéns.
Um lindo dia e um beijo grande.

Manuel Veiga disse...

transformar a angústia em jardim - privilégio dos fortes.

excelente.

abraços

FOTOS-SUSY disse...

OLA LUIS, BELISSIMO POEMA...GOSTEI MUITO...QUE TENHA UM FELIZ FIM DE SEMANA!!!
BEIJOS DE AMIZADE,


SUSY