APOLO MATANDO A PÍTON_DELACROIX
Véu de Maya
*
Desprende-te de mim, vertigem tola,
Que soltas gritos às estrelas,
E aos ventos agrestes nas colinas,
*
Já tiraste as amarras ao abismo,
E esvoaçaste no teu ar as suas garras,
Que é véu redentor pra tantas mágoas,
*
Agora és destino em fuso de parcas,
E roca de linho em sibilinas névoas,
Que antes foram só pesadas trevas,
*
E já te enlevo forte no meu voo,
Como ar puro, pois és vento em fogo,
E sem fúria, pois és vida em brumas,
Como o mar ao suavizar-se nas dunas,
*
Desprende-te de mim, vertigem tola,
Que soltas gritos às estrelas,
E aos ventos agrestes nas colinas,
*
Já tiraste as amarras ao abismo,
E esvoaçaste no teu ar as suas garras,
Que é véu redentor pra tantas mágoas,
*
Agora és destino em fuso de parcas,
E roca de linho em sibilinas névoas,
Que antes foram só pesadas trevas,
*
E já te enlevo forte no meu voo,
Como ar puro, pois és vento em fogo,
E sem fúria, pois és vida em brumas,
Como o mar ao suavizar-se nas dunas,
*
Desprende-te de mim, vertigem tola,
Voa alta como pássaro enamorado,
Afaga a minha prece na tua orla louca,
E eu serei, no teu altar, só azar sagrado!
Véu de Maya
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