MENINA SORRINDO
Connie Talbot-Imagine de John Lennon-Barra de vídeo
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É a arte de compreender onde não é correspondida
e a dor face ao abismo do terrível ou da separação
onde estremece na lúcida vertigem de não ser compreendida;
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a alegria de compreender e de ser correspondida
onde correm pelo Mundo os eflúvios da sua fertilidade
até beber águas puras e frescas nos recantos da verdade;
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a riqueza da partilha no auge onde é correspondida
e a viagem volta a ser uma senda iluminada
como a utopia que se converte em plantação realizada;
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o recolhimento em si e o êxtase da redenção
onde se abisma para colher com alegria e devoção
a força com que a vontade aspira a levantar a acção;
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o fulgor da vida nos jogos entre a ironia e o trágico
onde se entranha no movimento e na espontaneidade
sem se fechar no inerte-universal-amor à verdade;
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a dor e a alegria de ser reconhecida ou ignorada
como a aventura de ser partilhada ou desperdiçada
mas cuja ousadia é procurar sempre uma nova madrugada;
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É a arte de compreender onde não é correspondida
e a alegria da partilha onde se renova enriquecida
como a liberdade já não no Mundo esquecida;
Coragem contra os véus da representação
dos que não se arriscam aos cumes da reflexão
por ficarem perdidos na vertigem da solução;
Viagens frágeis entre o ser e o pensar
exaltantes como os navios no mar
e a filosofia o instante eterno a desbravar!...
Luís Lourenço, Poética do Instante filosófico
12 comentários:
Véu de Maya.
Amei a pureza de como voce escreve sobre o ser e o pensar. Magnífico!!!!
Tenho certeza que a compreensão nesta vida é tudo , ainda mais na minha profissão. Vc sabe o quanto é importante...
Bom final de semana.
Bjs Rosa
...a arte é sobretudo um despertar de sentidos e sentimentos.
Aqui sente-se ARTE!
"Viagens frágeis entre o ser e o pensar
exaltantes como os navios no mar
e a filosofia o instante eterno a desbravar!"
Luís, o sorriso se manifestou em meus lábios enquanto lia mais uma de tuas belas composições.
Despertas em mim uma ternura, um carinho gostoso de sentir enquanto te leio.
Beijos e borboleteios, poeta!
:)))
Que bonito sorriso! "a dor e a alegria de ser reconhecida ou ignorada". Muito bom.
Abraço.
gostei do sorriso
( ´imagine`
como a coragem de saltar
as representações
onde procuramos
colher estrelas
e atravessar
( pé ante pé
a
via láctea
beijo, luís
~
Nossa, fiquei sem fôlego. Um poema que apela à reflexão que, se bem feita, tem ótimos resultados.
Luis:
No Galeria, resenhei Morte em Veneza e apresento as pinturas de Ivan Vassilev. Espero por você.
Um abraço,
Renata
poema de iluminação primieva. encantamento puro...
(como um sorriso de marfim)
abraços
Olá Luis
Lentamente e timidamente, volto ao mundo blogueiro depois de uma longa pausa.
Vejo que o cuidado com esse espaço continua como sempre foi. Sua belíssima escrita,com suas reflexões encantadoras são um bálsamo as nossas mentes...
Beijo!
"eflúvios de fertilidade" - se o Senhor não se importar, um dia destes uso lá no meu sítio.
Muito obrigada.
um belo sorriso para palavras de luz.
beijos
"a dor e a alegria de ser reconhecida ou ignorada
como a aventura de ser partilhada ou desperdiçada
mas cuja ousadia é procurar sempre uma nova madrugada;"
Excelente escolha de imagem!
Beijinhos
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