quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

voo longínquo/Chopin


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Entre as estrelas que nos olham
E os ventos que desfolham
Ergue-se a vida que a tudo transforma
E vence a morte que tudo devora.
*
Entre a vida incerta que nos projecta
E a sibilina morte que a tudo seca
Gira o tempo tenso que nos desperta
E o Universo imenso que nos inquieta?
*
Mas entre nós e o destino que nos prende
Baila o efémero da vida que nos desafia
E o brilhar das estrelas que nos surpreende
No olhar suspenso do voo que nos ilumina...
*
Até que, na nossa aventura de viver,
A vida se tenha exaurido-por inteiro-no seu florescer... 
E face às vestes sombrias da inelutavel morte
Entregue lealmente o seu nobre passaporte.

Véu de Maya

1 comentário:

Rembrandt disse...

Que hermoso disfrutar de Chopin mientras tu voz nos regala esta bella poesía. Vivir con alegría. Aunque sabemos que todo es efímero, vale la pena gozar lo que se nos ofrece y hacerlo poniendo alma y corazón en ello, porque la muerte es eterna y ya tendremos tiempo para ella.

Muitos beijinhos pra vocé.
REM