quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Lonjura


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Não vou por ninguém:
Sou pela águia que voa,
E ao sonhar mais além,
Sou ainda o amor que sopra
E o declínio que vem
*
Nem vou só por mim
Ou pelo voraz pensamento:
Qual menino na ilusão do momento,
A cheirar flores no jardim,
sem se lembrar do cinzento.
*
Só vou pela vida
Que é um labirinto sem manto.
E pelos altares da embriaguês,
Onde gozo os véus que levanto.
*
Só vou pela vida
Que é o meu mágico encanto.
E pelos voos altos em que a desafio,
Até a fechar no seu último suspiro...
E aí-redimí-la de tudo o que é pranto.

Véu de Maya

Deixo-vos o meu abraço, com afecto.

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