segunda-feira, 22 de abril de 2013

POR CRAVOS ENCARNADOS



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Ah, poeta!, que estrelas e sombras acolhes nos teus versos?
Afloras-me tu, em silêncio, por ser eu a fonte de jogos tão diversos,
 Em toques de espelhos, como nos teatros velados por máscaras,
   Metáforas dos lances de mim própria no destino das tuas páginas!.
*
Ah, vida!,-Como chegaria eu a pressentir-te, por luzes e sombras, 
Sem  navegar no teu mar, como os barcos em loucas ondas?
E até no fogo das tuas raízes, colher cravos encarnados e liberdades,
 Tal como o luar enfeitiça a noite, ao suavizar as obscuridades!
*
Ah, poeta!,-se te afago nas minhas libações e mistérios,
Com alquimias de prumo que arrancas das minhas fábulas,
 É porque te sinto a florir, por mim, no auge das tuas metáforas?
Em voos rasgados ao coração dos meus encantos mais incertos...
*
Ah, vida!, mas se te sinto, no alto, por metáforas de luzes e sombras,
Tal  como os barcos no mar vão aos portos pelo desafio das ondas,
É porque te canto intensa, no devir eterno dos prantos e sonhos...
Até tu-ninfa plena, arderes aqui, como a poesia nos meus olhos!...


Véu de Maya



5 comentários:

Manuel Veiga disse...

o "Classicismo" em grande nível...

gostei muito.

abraço

Mar Arável disse...

Se fossem encarnados

ai se fossem

ainda hoje seriam cravos
vermelhos

O Puma disse...

Abril de novo

Vivian disse...

Olá,Meu amigo!!!

Ah!Poeta, como consegues ser mágico com as palavras!!!
Tão belo!
Beijos e meu carinho para ti!

Rembrandt disse...

Tu poesía es arte puro, de seducción naturalmente.
Bellísima figura la del barco y la olas del mar. Amo el mar.

Muitos beijinhos amigo mío.
REM