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Somos a vida que sofre no nada
E o mar onde os navios se contagiam errantes
Nos clarins da partida e da chegada;
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Somos o nada que se espelha no tudo
E a música onde o Universo
É uma máscara sublime em ornamentos de veludo;
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Somos a passagem-breve-
Que se espelha nos sonhos da madrugada...
E o véu dos abismos
Que se deslumbra na claridade da noite estrelada;
*
Somos o desejo-livre-
Que se derrama na liberdade cercada...
E o vento que se descarrega
Nas nuvens de uma ilusão adiada;
*
Somos o amor-incerto-
Que circula na humanidade fechada...
E a liberdade que combate
Até transbordar em morada sagrada;
*
Somos os véus do tudo e do nada
Peregrinos absolutos na estrada
Os dados duma errancia arriscada...
Inocentes sobre o recinto da vida
Lançados simplesmente e mais nada!...
Véu de Maya
Sugestão:ligue a música antes de escutar o poema-explore a qualidade 3D do vídeo...e obrigado pelo carinho da visita.
2 comentários:
Somos
mais leves que o voo
belíssimo.
recolho este verso - "somos o desejo-livre/que se derrama na liberdade cercada..."
abraço
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