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Dói-me a lucidez que em vez de ser acção oportuna
Se perde no silêncio da reflexão e aí perdura;
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Doí-me a coragem que em vez de enfrentar a luta
Sonha primeiro em dar lustro à espada;
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Dói-me o amor que em vez irradiar em elos e abraços
Quer primeiro afagos para os seus cansaços;
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Dói-me a paixão que em vez de gerar laços e causas
Se fecha no gozo de ser desleixada;
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E dói-me ainda mais a estupidez crassa que em vez
De cultivar o amor e a lucidez e a coragem
Se entrega à cegueira desta horrível embriaguês;
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Mas bendigo aos faróis que iluminam os barcos no mar
E lhes permitem até para as estrelas olhar...
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E aos amantes que superam os seus cansaços
para a outros com e a tempo levarem os seus abraços..
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E aos que se apaixonam por laços e causas
E a outros nelas conseguem entrelaçar...
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E aos nobres guerreiros que se entregam à luta
Para com lucidez e paixão à estupidez enfrentar..
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Até que no Mundo triunfe a paz...
E o amor e o futuro...
E o amor e o futuro...
E a vida não chegue a ser uma ostra fechada
Na liberdade do nada!...
Na liberdade do nada!...
Véu de Maya
3 comentários:
Doi-me tudo
mas não me rendo
Ah, Mar Arável!
Um guerreiro...nunca se rende.
abraço
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