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Ao luar vi os teus olhos
Que na noite me fascinaram...
Como poderia não olhar para a lua
Se foi ao vê-la louca e pura
Que os teus olhos me encantaram!
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O teu malmequer desfolhado
Cheira-me a orquídea vermelha...
Mas até sem ser desflorado
Já irradia perfumes de estrela;
*
Se a tua volúpia é de espuma
Mas só flui no meu corpo...
Deixa-a espraiar no meu mar
Que ai serei o teu barco;
*
Os teus olhos são dois faróis
Onde a lua é virginal...
São como reflexos do Sol
Que trazem à minha vida o seu sal;
*
Nas tuas vagas sou bruma
E no meu caudal-tu-as fases da lua...
*
Mas é quando chegas ao meu porto
Que te levo para a minha ilha-nua...
E tu-felina...danças à vida inteira:
Como volúpia em orgia pura!...
Véu de Maya
3 comentários:
Hoje não comento
faleceu o Joaquim Benite
E o que seria da vida sem sal?
Belo! Beijinho, Luis
Há poetas com sorte
neste sopro de vida
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