NOS ANÉIS DO MUNDO

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Sou espelhos e distância

Que estão para a chama do ser

como o acto está para a transbordância;

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Sopros de ser e amizade

Que nos laços do Mundo

São tão antigos como a própria eternidade;

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O peso da dor e a tristeza

Que se espalham pelo Mundo 

Quando nos seres vagueia a fraqueza;

*

A leveza da alegria e a felicidade

Cujos laços no Mundo jamais se esgotam

Mesmo quando deles só fica a saudade;

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Os desejos do mais e a bela espontaneidade

Que aspiram em pleno ao triunfo no ser

Como as fontes da própria liberdade;

*

A angústia e as pressões glaciares

Que fecham de súbito a existência

na escuridão dos pesadelos polares;

*

Os véus e a vertigem 

Que erram caóticos na cósmica energia

E em cuja órbita vagueiam a dor e a alegria;

*

Sou espelhos e distância,

Sopros de ser e transbordância...

Desejos de querer mais até à última instância;

Energia, expansão, vontade e superação...

Saudade, nostalgia e realização

Movimento e espontaneidade

Ponte para a eternidade...
*

E no caminho que é a aventura

A libertação?...como anel da felicidade!...

Véu de Maya