É a errância e a dúvida libertadora
onde desponta uma refrescante aurora
com inéditas questões que varrem os dogmas para fora;
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a ilusão frágil de ser senhor de si e do Universo
onde sobre o real tudo é duvidoso e controverso
menos o que no pensar está inscrito e é o inverso;
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o espanto frente à imensa Natureza
o espanto frente à imensa Natureza
onde a confiança no mecanismo e na ciência
dá lugar aos pilares de tão almejada fortaleza;
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a humilde sabedoria das metamorfoses
a humilde sabedoria das metamorfoses
no Universo, múltiplas, errantes, e dispersas,
e no homem firmes, se as mistura em doses certas;
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o jogo da dúvida e da certeza
o jogo da dúvida e da certeza
onde cada pergunta desafia a incerteza
e cada dúvida ambiciona por uma nova certeza;
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o mito da certeza e a ilusão do sujeito
o mito da certeza e a ilusão do sujeito
na claridade de uma nova dialéctica
onde a certeza do eu é apenas aspiração frenética;
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o percurso, a dúvida, e o lugar da verdade
o percurso, a dúvida, e o lugar da verdade
onde a certeza é a bela ilusão em que a dúvida repousa
antes de voar para uma nova imaginação da realidade;
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É a dúvida e a viagem libertadora,
É a dúvida e a viagem libertadora,
incerteza e errância no desconhecido;
Humilde sabedoria das metamorfoses,
no Universo e no homem,
distantes mas conformes;
Percurso, inquietação, e lugar da verdade
onde a dúvida repousa efémera e lúcida
num alegre despertar face à realidade
até subir a uma nova certeza e claridade!...
Véu de Maya