O BALOIÇO_P-AUGUSTE RENOIR [Vangelis-Love Theme-barra de vídeo]
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É o acto solitário e a aposta real
onde a vida do conceito e o ser da realidade
se fermentam um ao outro por igual;
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O ser particular e o conceito universal
que se desafiam um ao outro na ilusão
de ser a sua verdade a verdade na palavra final;
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a liberdade fechada na vertigem singular
onde o eu sobe ao castelo de si para a reconfirmar
mas fica refém do real onde não a pode reconciliar;
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o ser na casa de si e a felicidade no Mundo
onde a liberdade se torna viva e concreta
e aspira a ser mais que uma ilusão valiosa e secreta;
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o ser particular e o conceito universal
onde a liberdade se torna o plasma do Mundo
e a felicidade pode voar em realizações de fundo;
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a verdade solitária e a coragem colectiva
que se fundem uma na outra
até arrancar novas formas à vida;
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o sentido da vida e a liberdade sonhada
que se orgulham de ser nos humanos
a utopia desejada e a ambição realizada;
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É a verdade solitária e a aposta universal,
liberdade clara de si mas vacilante no Mundo,
onde a união entre ambas se converte
no trágico dilema que é a epopeia de fundo;
Procura solitária e coragem colectiva
ancoradas bem uma na outra
até arrancar novas formas à vida;
O poder trágico do elo cósmico-humano
trazido nobremente à filosofia!...
Véu de Maya
4 comentários:
É sempre um privilégio ler seu blog!
Entrar em seu pensamento partilhado em palavras sensíveis e que nos envolvem na atmosfera melódica de sua percepção da vida! Muito lindo!
Que o mês que se inicia, venha a lhe trazer muita inspiração, harmonia, emoção, alegria, em seu lindo coração amoroso!
Beijos com todo carinho, meu querido Luigi!
nós indivíduos e o todo universal. belo, como sempre.
beijos
Para começar, o seu poema dá margem a várias interpretações. A meu ver, não há "elo" entro o cósmico e o humano, pois são uma só coisa. Tampouco acredito numa verdade, isso não existe, é especulação filosófica. Se estamos num ambiente e você vê um rato branco e eu não o vejo, vc me diz: "passou um rato branco", e eu lhe replico: "não passou rato branco algum". Ambos têm a sua suposta verdade. É óbvio que vc não é leigo em filosofia, tampouco eu. Se um dia quiser conversar sobre o tema, conversaremos. Já como poema, o texto é belíssimo, bem desenvolvido, vc realmente domina o estro.
Agora, faço a minha propaganda.
Publiquei no GALERIA um post sobre um filme que versa sobre os Borgia. O post tem pouco texto. Além do filme, só o meu poema. O restante são imagens.
Conto com você, ou fico de mal para toda a vida, já sabe, não?
Um abraço,
Renata
Ah, a verdade, quem a possui...humano...murchou, mas quem a procura se revigorou...bem hajam os que a procuram com paixão mas sem cegueira.
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