terça-feira, 18 de setembro de 2012

NOSTALGIA DE OUTONO




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Roda, roda, ó folha de Outono,
Que secaste sem saber
Mas eu que te toco tão leve
Em que chá te poderia beber!
*
Canto ao vento que te leva
E ao toque que já não podes florir
E ao ver-te rodar assim serena
Como poderia não te esculpir!
*
Sigo ao teu lado pertinho
E ao vaguear no teu caminho
Sorrio-me a passear sozinho
E a sentir-te como idílio já esbecido...
*
Mas ao Baco que à vida sorri
E neste louco altar floresce
Sob os véus do que festejo em ti
Venho dançar, ó folha de Outono,
*
Pois não quero estiolar como tu
Sem me embriagar neste poema
À nostalgia do que sinto por ti...
*
E ao vento que até na morte se ri
Que sopre até valer a pena
Na roda em que tudo na vida flori!..

Véu de Maya

3 comentários:

Manuel Veiga disse...

pagão e belo. teu poema.

gostei muito

abraço

Mar Arável disse...

Por cada folha no chão

outra se levanta

Abraço

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Poeta

Que bela dança de palavras pintadas com as cores douradas de Outono.
Sempre encantada daqui saio.

Um beijinho com carinho
Sonhadora