O BURRO APODRECIDO_S.DALÍ
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É o apelo da vida à cultura
onde o fluxo criador tanto pode murchar
como renascer e brilhar;
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O fluido e a seiva criadora
onde se celebram no auge
tempos intensos e uma nova aurora;
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o declínio e a decadência
onde a vida e a cultura
se esgotam numa pobre doença;
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o grito e o sono da morte
de Deus, do homem, e da sorte,
quando a vida erra sem arte e sem norte;
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A luta e o vazio no ser
onde a vida tanto se pode perder
como em novas paixões se acender;
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o fogo e a chama do viver
onde é impossível deixar de ser
e se prefere o nada ao nada querer;
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O sonho colectivo e a imaginação
onde a vida e a cultura se fundem
no triunfo de uma alta inspiração;
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É vida e cultura, luar e seiva criadora,
saúde e doença, declínio e aurora,
morte de Deus, da sorte e do eu;
Vitória sobre si e um novo horizonte,
luta e vazio, paixões novas e os riscos
do nada e até de se perder;
Chama colectiva no fogo do viver,
união frágil da vida e da sabedoria,
na eterna aspiração da filosofia!...
Véu de Maya
4 comentários:
Abril em Maio
pode ser em todos os ciclos de marés
Quando um Homem quiser
Bom dia amigo!!
Sempre me encanta, com a beleza e a força das suas poesias!!
A vida sem cultura, é impossível!!!
Maravilhosa poesia!!
Beijos pra ti!!
Lindo dia!!
A vida é tudo e nada... Gostei do poema. Um beijo.
poema faiscante - como lume arancado da pedra da Sabedoria.
excelente.
abraços
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