sábado, 31 de outubro de 2009

VERTIGEM ABSOLUTA



SERENIDADE NATURAL [Mariza-cavaleiro Monge-Barra de vídeo]

*
Quero ser isto, e até mais,
Até ser a distância absoluta
Sobre o nada, e nada mais.
*

Quero viver até à exaustão,
Como o fogo em combustão,
E a borboleta no ar colorida,

E a estrela no céu perdida,
E a bolha de sabão a estalar,
Até tudo se fundir no coração!
*

Quero ser hera na vida,
Navio a navegar
E mar em convulsão,
Vento em ilha florida,
E até música dançarina,
Antes da cítara ficar partida,
E a vida ser no nada,
Etérea ausência sibilina...
*
Pois é no absoluto que quero,
Sempre, ainda, e até demais,
Até a vida se jogar em lances finais,
Apesar de aí querer ainda tudo ser,
Mas já sem nada aí pra florescer!...



Véu de Maya

3 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDO LUÍS... LINDÍSSIMA POSTAGEM AMIGO... ADOREI!!!
VOTOS DE UM BELO SÁBADO PARA TI...ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNAMDINHA

Graça Pires disse...

Querer tudo e tudo ser...
Um abraço.

Manuel Veiga disse...

imagens poderosas. num poema pleno de sentido(s).

gostei muito

abraço