sábado, 29 de novembro de 2014

Volta Inteira


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É a inocência e o acaso
Genéticos no devir do Universo
E selados num cósmico abraço.
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O conflito e o trágico do Universo
Reflectidos no espelho da realidade
Como máscaras da sua caprichosa liberdade.
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A força e a errância da pluralidade
Onde todo o equilíbrio é curto e instável
E toda a mediação se revela polaridade.
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O juízo e a fonte da emoção
Onde o prazer do equilíbrio se rejubila
Na metáfora de uma breve ilusão.
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O subtil do ser e a sua pluralidade
Na roda seminal do Universo
Onde tudo encobre o verso e o reverso.
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A sageza do nobre e da vilania
No ponto em que se chocam os opostos
Como a liberdade e a tirania.
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O sim pleno e a afirmação criadora
Onde a árvore gera o fruto
E o artista cria a obra.
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É inocência e acaso, viagem e cósmico devir,
Onde tudo que chega volta a partir.
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Rotação na flecha da instabilidade
O caos cifrado à racionalidade
E os simulacros ao espelho da verdade.
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Celebração exaltante e comovente
Da liberdade contra a tirania.
E árvore que gera os frutos
No solo profundo e fértil da sabedoria.

Véu de Maya

Para abrir o vídeo em full, o que vos aconselho, para desfrute da fusão entre poesia/música/ pintura, queira ter a gentileza de passar para o Youtube, onde sem perder o acesso ao poema, o pode escutar e apreciar...Deixo-vos o meu abraço de sempre, com afecto.

1 comentário:

Mar Arável disse...

A celebração do equilíbrio

na assimetria