quinta-feira, 10 de julho de 2014

Olhos de Medusa


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Ai vida! tão ingénuos que nós somos?
A flutuar-frágeis-por entre as ilusões do bem,
Até quando nos cortamos a nós próprios!
Com o mais terrível dos punhais,
Que é o punhal da própria maldade;
*
O mar que é denso e profundo
E o céu que é enigmático e distante
Não se gastam a levitar em floreados de bem
Nem se deixam afundar em tais caprichos do mal!
*
Vivem as suas vidas, puros e fortes,
Acima dos erros do bem e do mal.
*
Mas nós! Que somos uma passagem breve
E não temos nem a intensidade do mar
Nem a leveza do céu
*
Erramos-fracos e incertos-sem destino-
E deixamos-nos cortar a nós próprios
Com o mais terrível dos punhais?
Entre os punhais do abismo do mal
Que é o punhal da nossa própria maldade!...

Véu de Maya

Para abrir o vídeo em full screen, queira passar ao YouTube onde pode também ler o poema enquanto escuta a declamação. Deixo o meu abraço afectuoso a toda a gente que por aqui passar.

2 comentários:

Rembrandt disse...

Amigo mío a cuánta reflexión invitan tus versos, navegamos en un mar donde el bien y el mal siempre estarán presentes, lo importante es nunca perder el rumbo.

Abrazos desde el Sur y un placer enorme estar contigo.
REM

Manuel Veiga disse...

sabedoria e emoção estética...

abraço