segunda-feira, 30 de julho de 2012

ATÉ SETEMBRO...OBRIGADO PELO CARINHO DA VISITA...


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É o silêncio e a força do pensamento
onde o eterno se reconcilia com o efémero
e o volatiliza no que nele é simplesmente etéreo;
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a encruzilhada e os oraculares destinos
onde o gesto criador se grava no eterno
como os peregrinos se aprofundam nos seus caminhos;
*
a liberdade do ser e as correntes do não-ser
onde a criação pura é flecha e pluma
sobre o caos incerto e a sua bruma;
*
a fonte apetecível e a sua irradiação
onde seja quem for que aí habite
não pode deixar de pressentir o convite;
*
a querida entrada e a confortável estadia
onde o cume da verdade, do sonho, e do mistério
é amor donde nunca advém adultério;
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 a paragem e o sopro libertador 
onde ao instante vem a eternidade
E ao criador as metáforas da verdade;
*
o laço profundo e a sagrada comunhão
onde o tempo que é usura
e a eternidade que é sonho
se fundem numa festiva e solene união;
*
É o silêncio e a força do pensamento
onde o eterno e o efémero
se entrelaçam a cada momento;
A criação pura-flecha e pluma-
sobre o caos incerto e a sua bruma;
Fonte, irradiação, e convite...
Paragem e sopro libertdador
Onde o tempo é instante e eternidade
E a passagem aspira a ser-colina e liberdade!...

Véu de Maya

sábado, 28 de julho de 2012

ATRACÇÃO PURA

A Violação da Europa-Peter Paul Rubens

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Pela atracção dos teus olhos
Saboreio a volúpia prometida
Mas é na paixão genuína dos folhos
Que o teu amor é o sal da minha vida...

Véu de Maya


sábado, 14 de julho de 2012

SOBRE UM MAR DE NÉVOAS



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O instante é a vida na sua fonte primordial
donde irradiam infinitos segredos ainda por desvendar
e a inspiração de outros tantos mundos e futuros por inventar;
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é o desafio do ininteligível à inteligibilidade
onde a sabedoria jamais se poderia fechar na verdade
pois no caminho há mais obscuridade do que claridade;
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é o que fica por entender e perguntar
no que o véu da inteligibilidade deixa ver
sem o fundo da ininteligibilidade deixar chegar;
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é o voo do espírito ao mundo do ininteligível
que emerge sob o que o véu da inteligibilidade deixa ver
mas mora num enigma profundo e irreprimível;
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é o silêncio perante o que no ininteligível
se tornou depois de iluminado o véu claridade e inteligível
mas tão-só um raio de luz projectado na obscuridade;
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é o sopro do ininteligível ao berço da inspiração
onde a chama da inteligibilidade é uma iniciação
que faz estremecer o espírito ao irradiar no coração;
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é o desconhecido na fonte por desvendar
onde respira suspensa e trémula a palavra
até o ininteligível em inteligibilidade se tornar;
*
É tudo: vida na sua fonte primordial
donde irradiam infinitos segredos por desvendar
e outros tantos mundos e futuros por inventar;
Desafio do ininteligível à inteligibilidade
caminho onde erra a obscuridade até ser claridade
e o espírito até ser vida, criação e liberdade;
Inspiração irreprimível na fonte primordial
onde fica suspensa e trémula a palavra
até a reflexão a tornar inaugural!...

Véu de Maya

segunda-feira, 9 de julho de 2012

SILÊNCIO ESTRELAR



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Quero este silêncio de fogo
Que me incendeie as palavras
E as puxe para as estrelas
Como a paixão às rosas vermelhas;
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Quero este silêncio intenso
Que me oxigene as palavras
E as enlace às plumas do tempo
Por rotas de liberdade sagradas;
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Quero este silêncio de espanto
Que ao reflectir pelas estrelas
Volte de encontro às vidas terrenas
Até as curar de serem pequenas;
*
E ficar assim-leve-num voo profundo
A lançar afagos aos abismos do mundo...
Em contra-dança com os anéis do destino!
Baile de máscaras sublimes que visto
Até ser de cristal o silêncio em que habito!...

Véu de Maya


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sexta-feira, 6 de julho de 2012

POLÍTICA SEM BATOTA


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É o amor à política e a imparcialidade
Que proíbem nos Estados a falsidade e a mentira
Gerando nos povos governos de verdade:
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O fogo crítico e o valor da adesão
Aos frutos maduros do pomar do cidadão
Até ser quebrada a violência e alargada a civilização;
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A justiça renovada e a sua ambição concreta
seladas nos costumes e nas leis soberanas
Com marca poderosa e similar à divina e eterna;
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O não à propaganda e o amor aos factos
Coligados na educação do homem integral
Até desarmar meras ficções e pseudo-aparatos;
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O amor à arte e a desejável fruição
Como irmãs gémeas da cultura e do gosto
Para certificar a alegria e vencer o desgosto;
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O valor da justiça e o dever de a praticar
Como a vontade dos povos a seres felizes
E o direito dos indivíduos a viver e sonhar;
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A coesão do todo e o vigor das partes
Como a união política do amor à justiça
E a sua utilidade na ciência e nas artes;
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É poder e justiça, prática e virtude
Dever e missão, nobreza e plenitude;
Flor do gosto e luta contra o desgosto
Arte e governação e da mentira a libertação
Onde a aposta da verdade é a mais nobre ambição;
O incerto devir e a valiosa epopeia
Onde a Lucidez se arrisca na nobre missão
De inspirar ao Mundo e à política
Um novo rumo e condição!....

Véu de Maya