ARCO_ÍRIS EM AGUAÇÚ[Maria João Pires-nocturne nº1 de Chopin-Barra de vídeo]
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É o assombro virginal e a imaginação
onde cada espanto irradia uma nova questão
e o desconhecido abre as colinas à razão;
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o sentido da fronteira e o sobre-humano
onde o gesto divino e o culto humano se reconciliam
para libertar o ser do que nele é abstracção e engano;
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o voo da pergunta e o que a ultrapassa
no ser inocente onde a curiosodade brilha
e no Universo onde o Caos se oculta e desfila;
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a pesquisa múltipla e a senda do infinito
onde a mente se torna livre e senhora
de errar e explorar num obscuro labirinto;
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o mistério da existência e a vertigem do limite
que ocultam num véu a vida e a morte
como num jogo entre a expectativa e a sorte
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a arte de imaginar e os recantos do pensar
que logo que aprumados no homem
o ensinam a abrir pontes para se libertar;
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É o espanto virginal e os voos da imaginação,
procura eterna no mar da insatisfação,
pesquisa ousada e intensa exploração,
mistério da existência e vertigem do limite;
Relógio sensível da inquietação no Mundo,
iniciativa, esperança, e sorte,
intervalo entre a vida e a morte;
Caos onde a poesia é uma alvorada
e à volta dela faz germinar um norte!...
Véu de Maya