domingo, 7 de abril de 2013

NAS DOBRAS DA TUA SAIA


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Ah, poeta! porque plantas entrelinhas nos teus versos
Mas as entregas-por mim-a inefáveis olhares e universos?
Que mais do que ingénuos rasgos de ti próprio, em véus de maya,
São ilusões fortes do ser nas dobras da minha saia!
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Ah, vida! E como poderia trazer-te pura nos meus versos
Sem te entreabrir no véu dos teus insondáveis diversos?
Que tu,-como a mais sedutora ninfa de espelhos-
Me mostras no jogo interminável dos teus roxos e vermelhos!
*
Ah, poeta!, Mas que rasgos de mim entrelaças nos teus versos, afinal?
 Sem te resguardares a ti próprio nesse espelho virginal...
Que é de espinhos e flores, mas culmina em dores e amores
Quando te enfeitiço no auge do fogo das minhas cores!
*
Ah, vida! Mas que pergunta retórica-a tua?
E qual é o poeta que não te escutaria pura
Se nesse jogo de espelhos te pudesse desvelar nua?
E te entranhar em poesia, como a noite faz à lua!...


Véu de Maya





3 comentários:

  1. Mais um poema

    com vida por dentro

    Abraço

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  2. Ah! Poeta los espejos aquellos que nos muestran lo bella que se siente nuestra alma cuando somos felices, aunque a veces reflejan los pesares nos aquejan.
    Me gusta en estos casos ver el medio vaso lleno, evitando los espejos cuando es necesario.

    Emotiva poesía amigo mío y hermosa música, especialmente me encantó que hayas traído a Maritza a quien admiro profundamente.

    http://youtu.be/kgMdrstHCDo

    Muitos beijinhos pra vocé.
    REM

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  3. bela dança - do poeta e da vida...

    envolvente poema

    abraço

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