domingo, 5 de outubro de 2008

INOCÊNCIA E POESIA

CRIANÇA NA PRAIA_P. AUGUSTE RENOIR *

Olhaste musa para as estrelas

com olhinhos de criança a brilhar

e jogaste às entrelinhas com elas

nos seus carrosséis a girar;

*

jogaste toda a ternura

nos seus cantos de embalar

que agora vives no mar alto

sem medo de naufragar;

*

brincaste sol com as crianças

na praia às conchinhas do mar

que agora essas conchinhas

são mil sorrisos a brilhar;

*

Hoje és poesia dessas ilusões ternas

aspergidas no voo das borboletas

e baloiças na felicidade delas

perfumes num cesto de violetas!...


Luís Lourenço

15 comentários:

  1. No alto mar há uma leveza indescritível.
    Cadinho RoCo

    ResponderEliminar
  2. muito bonita a figura da "criança na praia" ...legal o blog!! t+

    ResponderEliminar
  3. Meu querido Luís,
    indescritível beleza em sua página, tecida por palavras ternas e imagem de Renoir.
    É um blog de arte pura!
    A música me faz sonhar.
    Bom dia e até!
    Beijos com meu carinho...

    ResponderEliminar
  4. Um quadro de Renoir só poderia ser acompanhado por um poema tão sonhador como este. Uma perfeita harmonia.

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  5. Meu querido amigo:
    Dado que estou vivendo no limite do insuportável e não sei onde vai dar isso, para não deixar o meu Blog às mocas, estou fazendo pequenas postagens, em geral imagens de filmes e poemas relacionados que eu traduzo. Quero que vá ver, mas esta é a última vez que chamo. As pessoas tê de ir espontaneamente.
    Um beijo,
    Renata

    ResponderEliminar
  6. confesso que este texto são bocadinhos do meu ser...

    jokas
    Elsa

    ResponderEliminar
  7. o jogo...fundador do ser humano...
    Gostei muito de ler!

    :)))

    ResponderEliminar
  8. Posso fazer publicidade ao meu Blog?Obrigado

    http://oceanopuro.blogspot.com/
    Um pequeno blogue com poemas de alguém...para ninguém...

    ResponderEliminar
  9. e uma foto extremamente dificil de conseguir, o erotismo elegante.
    Um dia eu no meu amadorismo imenso fotografico,vou conseguir tirar uma foto tao boa como aquela

    Obrigada pelo comentario

    Adoro a poesia que aqui poes, apesar de nunca comentar o poema em si, pq nunca fui capaz de comentar poesia, so senti-la

    Jokas

    Paula

    ResponderEliminar
  10. E se falássemos de coisas divertidas?

    Um beijinho da Tela.

    ResponderEliminar
  11. Inocencia e poesia- poema e imagens em perfeita comunhão ...

    Adorei !

    Xi-coração

    ResponderEliminar
  12. vou agora ali num instante que morro crente que o maior amor é uma vez dois e, por outro lado, bem maior que dois e sempre, afinal, sempre rio virgem, mas enquanto de abraço nem sombra vou ali e volto ou volto que nem que não volte logo se não verá.




    ( nada a ver? :) beijo

    ResponderEliminar
  13. Perdoa..

    esta noite beberei
    o vinho de tua taça
    e deixar-me-ei levar
    pelo que insinuas

    mergulhar-te-ei
    em mentiras tuas
    mais absurdas
    cruas, de todo

    entregar-me-ei
    ao idílio, filho
    etílico do vício
    teu desde o início

    quererei perder-me
    em teus meandros
    e lençóis bordados
    instinto dos portais

    tintos tais, profanos,
    dos vinhos mais carnais
    derramados tais
    sobre os panos

    teu espírito em reflexo
    à taça jazente semi-plena
    entre nós, circunflexo
    laço, boca, cena

    e a vaga-luz difusa
    as mentes deixadas
    ao acaso dos desejos
    ensejos do porvir

    e a luz desnecessária
    entrega-se à noite
    e o absinto de Neptuno
    afoga-nos em humores

    quem eu? quem tu?
    na comunhão de sentidos
    na integração de fluídos
    quem somos?
    CAlex Fagundes

    ResponderEliminar
  14. a "simplicidade" das palavras dá muito trabalho... rss

    imagino quanto a "leveza" deste poema te será cara...

    gostei muito.

    abraço

    ResponderEliminar